‘Petit Amour’ está sediada em Braga, mas é já uma referência em todo o mundo. A loja de roupa de eventos especiais para crianças e adolescentes é um caso de sucesso no feminino.
Quando Cristina Miranda, formada em Relações Internacionais, decidiu mudar de vida e seguir um sonho, estava longe de imaginar o sucesso que ia ter. Afinal, não são todos os negócios que nascem no Largo do Beco, na localidade de Maximinos, em Braga, e vestem crianças e adolescentes de todo o mundo.
O próprio nome ‘Petit Amour’ – dedicado aos dois filhos – pisca o olho à internacionalização desta loja de roupa de eventos especiais, mas o caminho não foi assim tão simples.
“Sempre gostei muito de vestir bem os meus filhos. Em Braga não tinha nada, pelo que me obrigava a procurar fora da cidade”, recorda a CEO. “O meu Afonso [filho] foi batizado e foi muito príncipe. Quando foi para batizar a minha Helena [filha], procurei meio mundo com algo que enchesse as minhas medidas. Pensei: ‘E se abrisse uma loja de roupa de crianças?’”
Sem ter qualquer experiência em negócios, Cristina Miranda tinha, contudo, o essencial: dedicação e coragem. “Faço as coisas por impulso, não gosto de planear e confio em mim”, descreve, ainda que demorasse pelo menos um ano a fazer estudo de mercado, visitar feiras de moda e delinear a imagem da ‘Petit Amour’ até abrir a loja no ano de 2015.
“Na primeira loja acabei por trazer algo de novo, porque as pessoas não estavam habituadas a ver roupa bonita”, confessa a fundadora, assegurando que foi a atenção ao detalhe que cativou o público. “Inicialmente estava sozinha. Era eu que tirava as fotos, enchia o vestido. Tratava tudo com muito mimo”.
Na loja física começou a receber visitas de clientes de outros distritos do país e, atualmente, é ponto de paragem obrigatório de “pessoas de muito longe”. É que a ‘Petit Amour’ vende peças de vestuário e adereços de mais de 80 marcas nacionais e internacionais. Entrar na loja, que agora funciona no centro de Braga e se divide em dois espaços (roupa de cerimónia e casual chic), é entrar num mundo de fantasia e requinte.
“Tenho noção que tudo o que temos na loja é para um público muito específico. Mas o estigma de ‘é caro’ não é verdade. Temos vestidos giros de batizado que custam 30 ou 50 euros”, desmistifica a empresária, que conhece melhor que ninguém o produto que vende.
“Eu escolho as coleções e compro tudo. Todos os negócios têm os seus mundos e eu conheço este. Mesmo que não tenha aquelas peças, sei que lojas é que têm. Também sabemos o impacto que causamos no ‘nosso mundo’”.
“Temos clientes fidelizados que nunca vieram à loja. Oferecemos algo que não é fácil de encontrar. Na cerimónia, o cliente sabe que não leva só o vestido, leva o enxoval completo personalizado ao vestido. Personalizamos tudo. O cliente sabe que vai ter um vestido maravilhoso e que vai levar a vela, toalha para banho, porta-chupetas a combinar com a peça”.
Nem há risco de haver meninas e meninos na comunhão com um vestido igual ao do colega. “Registamos todos os vestidos para garantir a exclusividade. Vemos na nossa agenda se nesse dia esse vestido já foi vendido”.
A empresária tem a noção que “há poucos sítios onde existem tantas peças com este pormenor e requinte. No mesmo espaço temos uma variedade infinita de peças, das mais simples às mais elaboradas” e é, aliás, esta sensibilidade feminina, quer de Cristina quer da sua equipa, que explica o porquê dos pais confiarem plenamente na ‘Petit Amour’. “Sei que somos um ponto de referência a nível de moda infantil. Há muitas lojas que seguem o nosso rasto e tentam identificar”, afirma a CEO, confiante que o futuro lhes vai “reservar boas surpresas”.
Para já, a preocupação é manter este compromisso com o público, desenvolver uma loja online e ter as prioridades bem definidas. “Tudo é importante mas os meus filhos são mais importantes”, remata.