Abiy Ahmed Ali foi distinguido pelo seu esforço a tentar alcançar a amnistia do seu país, acabando com a censura dos meios de comunicação, promovendo a paz social e aumentando a importância das mulheres na comunidade da Etiópia.
Eram 301 candidatos – o quarto valor mais alto de sempre – a compor a lista de potenciais laureados com o Nobel da Paz, sendo que 223 eram nomeadas a título individual e 78 são organizações. A decisão não foi fácil, “porque nunca o é”, garantiu a porta-voz do Comité do Nobel da Paz (que inclui as Academias Sueca e Norueguesa), mas o prémio teve apenas um destino: Abiy Ahmed Ali.
O anúncio foi feito esta sexta-feira, 11 de outubro. E a justificação foi clara: a Etiópia é o segundo país africano mais populoso e o primeiro-ministro tem tentado “alcançar a paz e a cooperação internacional” com os acordos de paz com a Eritreia.
“A Paz não chega das acções de apenas uma parte. Quando o primeiro-ministro estendeu a sua mão, Isaias Afewerki agarrou-a” para começarem juntos um caminho de paz, justificou o comité.
A ambientalista sueca Greta Thunberg -, o Papa Francisco, o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados eram, segundo as casas de apostas, os principais candidatos a um dos mais cobiçados prémios do mundo. No entanto, a porta-voz, questionada sobre os favoritos na conferência de imprensa dada esta manhã, não quis tecer quaisquer comentários em relação ao que se passa nas casas de apostas.
Em 2018, o Nobel da Paz foi atribuído a duas personalidades que têm desenvolvido um trabalho contra a violência sexual, o ginecologista congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Nadia Murad, que foi capturada pelo Daesh.