Simion Croitoru é o responsável por introduzir a marca Wine Moldova no nosso país e quer levá-la até aos PALOP’s. Não conhece? A IN fez-lhe uma entrevista, para o leitor degustar.
Quando surgiu a marca Vinhos da Moldávia e como é que chegou a Portugal?
Os vinhos da Moldávia estão presentes em Portugal desde 2013 (Simion chegou a Portugal no ano 2000). Já pensava neste projeto até que decidi fazer a primeira importação. Sabendo que os meus bisavós chegaram com os seus vinhos a Paris na segunda metade do século XIX quando a vinha na França era destruída pela filoxera, a ligação ao vinho já estava no ADN!
Para quem não conhece, o que tem a dizer sobre o seu país e a qualidade/características do vinho que produz e exporta?
A República da Moldova, em Portugal mais conhecida como Moldávia, é um país três vezes mais pequeno que Portugal, com o formato de um cacho de uvas situado perto do Mar Negro entre a Roménia e a Ucrânia. Tem uma vasta cultura vinícola com mais de 5500 anos, tendo sido ali que os gregos e os romanos descobriram o vinho para depois o levar pela Europa fora. Neste momento, ocupa o 1.o lugar no mundo na densidade das vinhas, tendo em conta o seu território nacional, e é a 6.a maior potência de vinhas da Europa. Costuma-se dizer que o vinho é o petróleo da Moldávia, que o exporta para cerca de 70 países, o que representa 92 por cento da produção total. Em 2018 foi a capital mundial do enoturismo.
A Moldávia tem uma marca que fornece vinhos para a Casa Real Inglesa. Também tem tido, nas adegas subterrâneas gigantes, visitas de altas entidades mundiais. Conte-nos um pouco mais sobre isso.
A Moldávia tem as duas maiores caves subterrâneas do mundo: Milestii Mici – que detém a maior coleção de vinho do mundo com certificado Record Guiness – com 200 km’s de ruas e Cricova Cellars, muito conhecida pelos seus espumantes e candidata a Património Mundial da UNESCO com 120 km’s de ruas. Ambas as caves têm até 80 metros de profundidade, tendo vários líderes mundiais optado por celebrar ali as suas datas mais importantes. Há ainda uma cave mais pequena – a Pivnitele Branesti – que tem 50 km’s de ruas.
A Moldávia tem o produtor mais premiado da Europa Central e de Leste que fornece vinhos à Casa Real Inglesa há mais de 100 anos (Purcari) e tem o único castelo vinícola Castel Mimi que entra no top 15 mundial de obras de arquitetura. É também o único produtor no mundo que envia garrafas para o espaço, mais concretamente para a Estação Espacial Internacional.
Onde é possível encontrar os Vinhos da Moldávia?
Podem-se encontrar em garrafeiras de prestígio, restaurantes, El Corte Inglés, Pingo Doce, Intermarché, E.Leclerc, em lojas mais pequenas e ainda estamos a negociar novos pontos de venda. Temos grande qualidade e um preço justo.
Já que nos estamos a aproximar do Natal, são uma boa opção para oferecer ou ter na mesa? Que tipo de vinhos é que recomenda?
Sem dúvida que são uma boa opção, começando pelos vinhos tranquilos brancos e tintos – alguns em edições muito limitadas -; as nossas colheitas tardias e os ‘ice wines’ são fora deste mundo; os espumantes de qualidade das maiores caves do mundo e as nossas aguardentes vínicas envelhecidas de tipo conhaque.