Clínica do IPO-Porto tratou em 2018 um total de 1.600 casos de cancro da mama, 50% dos quais foram diagnosticados em fase inicial, o que se traduz “numa taxa de cura de 98% aos cinco anos”.
O Cancro da Mama afeta uma em cada 11 mulheres em Portugal, e mata cerca de 1600 mulheres por ano. É uma realidade que pode afetar qualquer mulher, em qualquer idade. O diagnóstico em fase inicial é fator determinante: 65% das doentes foram tratadas sem necessidade de mastectomia total.
“É de destacar que 65% das doentes foram tratadas sem necessidade de mastectomia total, assegurando a preservação da mama e da autoimagem corporal”, salienta Joaquim Abreu de Sousa, coordenador da Clínica da Mama e diretor do Serviço de Cirurgia do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.
As declarações foram proferidas no âmbito de um encontro europeu destinado a médicos especialistas em oncologia de toda a Europa, decorrido durante esta segunda e terça-feira.
Os dados divulgados à Lusa “evidenciam a importância do diagnóstico precoce e da constante aposta do instituto na sensibilização e alerta para a prevenção e tratamento com elevados padrões de qualidade”, considerou.
Outro aspeto destacado por Joaquim Abreu de Sousa foi “a importante atividade de investigação clínica desenvolvida na Clínica de Mama do IPO-Porto”, que permite “o acesso gratuito das doentes a terapêuticas inovadoras, o que têm contribuído para o aumento progressivo das taxas de sobrevivência observadas no cancro de mama”.
Segundo o oncologista, “em 2018, cerca de 300 doentes foram incluídos em ensaios clínicos com medicamentos inovadores. Inclusive, em dois estudos multicêntricos o IPO-Porto foi o maior recrutador a nível internacional”.