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São Domingos de Benfica, um lugar de memória com futuro

António Cardoso, presidente da Freguesia de São Domingos de Benfica

São Domingos de Benfica é um lugar de memória e com história, mas tem também um futuro para escrever, uma nova fase para interagir e um novo posicionamento como freguesia modelo. António Cardoso, presidente da Freguesia, falou um pouco sobre o passado e o futuro de um dos pontos centrais de Lisboa.

Comecemos por apresentar São Domingos de Benfica aos nossos leitores. Que retrato podemos fazer desta freguesia onde o passado e o futuro convivem em permanente harmonia?

Temos como lema: “São Domingos Freguesia Capital”. Capital pela sua importância na vida da nossa capital. O seu coração, tem capital humano, ativo, cultural e histórico, capital para viver, visitar, estudar e investir. São Domingos de Benfica tem história e tradições que foram contruídas ao longo de séculos. Mas tem também um futuro para escrever, uma nova fase para interagir e um novo posicionamento como freguesia modelo. Modelo na gestão do espaço público e no desenvolvimento de políticas que visam a melhoria de vida da nossa população. São Domingos de Benfica é o coração da cidade, tem fronteira com seis outras freguesias de Lisboa, tem cerca de 35 mil habitantes de todos os estratos e faixas etárias e cerca de 24 mil caixas de correio, é um importante núcleo de ligação entre todos e tantas disciplinas. São Domingos de Benfica é das freguesias mais importantes do concelho de Lisboa, não só pela sua história e património cultural, mas pela sua localização, ligada a tantas outras freguesias, bem pela sua diversificada oferta, seja ela desportiva, natural, empresarial, gastronómica e claro, o bem – estar, essencial bem comum que todos procuram. São Domingos um lugar de memória com futuro, onde o passado convive com o futuro.                

Tendo em conta a riqueza do património e, por outro lado, as necessidades da população e dos visitantes, quais as principais obras e iniciativas empreendidas pela Junta de Freguesia para promover a atratividade do território e a qualidade de vida de quem aqui vive e de quem por aqui passa?

A Junta de Freguesia ao longo dos últimos dois mandatos tem procurado promover o nosso património. Fá-lo através da elaboração de protocolos que permitem dar a conhecer o património do território aos seus habitantes, através de inúmeras iniciativas e visitas culturais promovidas pela Academia de São Domingos. Esta academia conta com mais de 300 alunos inscritos e 35 disciplinas, articulando iniciativas escolares com o património histórico e cultural e fazendo a boa promoção do património e das suas atividades através das nossas plataformas de comunicação.

Mas acima de tudo através da recuperação física de alguns dos ex libris, cujo marco principal desta gestão autárquica foi a reabilitação da Quinta da Alfarrobeira, hoje sede da Junta de Freguesia, classificada como imóvel de interesse público e que se encontrava completamente abandonada. Hoje é um espaço aberto que os fregueses, que podem visitar e usufruir dos seus jardins e do parque infantil recentemente construído. Paralelamente procedemos à recuperação dos dois edifícios gémeos do Bairro Grandella: o Fórum Grandela, um espaço cultural que promove a pintura, as artes gráficas e a literatura, e a Casa da Cidadania, um novo conceito que alberga diversas associações que não dispunham de sede própria e que ali de uma forma partilhada planeiam e desenvolvem as suas atividades. Na área do património verde procedemos à reabilitação e à melhoria das condições básicas de suporte à atividade lúdica e recreativa do Parque Bensaúde; a abertura do parque pela Estrada da Luz, construção de novos pavimentos, rede de drenagem e iluminação, assim como uma rede de incêndios no sentido de proteger o conjunto de espécies arbóreas que o parque acolhe, recuperámos uma estufa, erguemos muros de suporte face à tipologia inclinada do parque, construímos um parque infantil e um parque canino. Este investimento reforçou a nossa oferta verde aos fregueses e à cidade.                     

Podemos dizer que a valorização do património histórico e cultural são prioridades? Que outras áreas consideram prioritárias?

Na gestão autárquica tudo é prioritário e tudo é importante. Destacamos o enorme trabalho desenvolvido na área da educação e da ação social. No pelouro da educação produzimos mil refeições diárias, para os alunos do Jardim de Infância e do Primeiro Ciclo das nossas três escolas. Refeições produzidas no contexto de uma agenda de alimentação saudável. Desenvolvemos atividades extra-curriculares, e diversas atividades ao longo do ano, onde se destaca o arranque do ano escolar com a colaboração da PSP no âmbito da Escola Segura. No âmbito do pelouro da ação social, apoiamos as famílias mais carenciadas, através da atribuição de cabazes mensais, com bens de primeira necessidade. Damos também especial atenção à população idosa, por nós referenciada no combate ao isolamento e no apoio à resolução de problemas, incluindo pequenas reparações ou remoção de barreiras arquitectónicas, que possam impedir a fácil mobilidade na entrada dos prédios ou das casas. No entanto, não esquecemos os jovens pais a quem atribuímos, através do programa caixa do bebé, um kit de material e de consultas de pediatria de apoio ao primeiro ano de viva de cada bebé. Adicionalmente as outras áreas estratégicas são o espaço público e a higiene urbana. No espaço público requalificámos uma série de ruas e praças incluindo o ordenamento do estacionamento e a criação de novos lugares de estacionamento. Aumentámos a capacitação de estacionamento em cerca de mil novos lugares. Requalificámos os degradados espaços verdes com a implementação de um adequado sistema de rega e a recuperação de bancos de jardins e parques infantis. Com a reforma administrativa da cidade de Lisboa a Junta de Freguesia ficou com a responsabilidade de assegurar a difícil área da higiene urbana. Tomámos a decisão de assegurar a certificação do sistema de gestão e qualidade da higiene urbana, ISO 9001, garantindo assim o correto mapeamento dos processos de limpeza da freguesia, assim como a adequada compra dos equipamentos. Desta forma, a certificação guiou-nos na otimização dos recursos humanos, logísticos e financeiros, para o qual contribuiu a requalificação do antigo posto de limpeza da CML, agora entregue à Junta de Freguesia. São Domingos de Benfica hoje diferencia-se pela limpeza e higiene das suas ruas.

É inegável que estamos perante uma “Freguesia Capital”, onde encontramos vários ícones associados a Lisboa (como o Jardim Zoológico, Estádio da Luz, Palácio das Laranjeiras, entre muitos outros), assim como a sede de importantes empresas (como a GALP ou o BPI). A sua centralidade é um dos trunfos de São Domingos de Benfica? Que outros elementos diferenciadores podemos destacar?

Realmente uma riqueza inegável esta centralidade de grandes instituições nacionais, ícones patrimoniais e empresas de referência. Jardim Zoológico, destino de portugueses e estrangeiros, é quiçá o nosso maior “cartão de visita”. No entanto, a lista de enormes instituições é elevada: Sport Lisboa e Benfica e o seu Museu Cosme Damião, Universidade Católica, Palácio Fronteira, Palácio Beau-Séjour, IPO, Hospital da Cruz Vermelha, Hospital da Luz (agora com uma nova delegação no território), Hospital Lusíadas, Instituto dos Pupilos do Exército, Hotel Marriott, Loja do Cidadão (conceito recentemente implementado no nosso serviço de atendimento através do Espaço Cidadão onde se podem obter 250 serviços relacionados com 18 entidades) e o Centro Ismaili. Todas estas entidades, entre outras e os cerca de 800 operadores comerciais que na sua maioria promovem o comércio local, contribuem para a riqueza institucional do território, assim como a empregabilidade.          

Os ícones mencionados anteriormente ajudam também à dimensão internacional da freguesia. Sendo o turismo um dos pilares da nossa economia, qual a estratégia delineada neste âmbito?

Sem dúvida. Tentamos contribuir decisivamente para a promoção do turismo local divulgando os nossos principais pontos de destino nas nossas plataformas de comunicação. Desenvolvemos programas com os nossos alunos para melhor conhecerem o património turístico. Procuramos diariamente manter a freguesia limpa, para quem nos visita, fique com boa impressão da cidade e do país. Desenvolvemos programas de visitas com os nossos alunos da Academia de São Domingos e promovemos o nosso património em disciplinas criadas para o efeito. Criámos roteiros turísticos e melhorámos a sinalética dos pontos turísticos.       

Abordemos agora a atualidade e, mais concretamente, a atual situação pandémica que veio dificultar seriamente a vida das famílias e empresas portuguesas. No vosso caso e tendo em conta o vasto trabalho de proximidade junto da população, qual foi o impacto da pandemia?

Recentemente a Assembleia de Freguesia aprovou por unanimidade um Voto de Louvor ao trabalho realizado pelos funcionários da Junta de Freguesia junto da população, durante o Estado de Emergência e de Calamidade. Um reconhecimento a todos aqueles que, durante um período difícil continuaram na linha da frente, para que nada faltasse aos nossos fregueses e ao nosso território.

Ao longo das semanas de confinamento, colocámos em marcha uma logística que nos permitiu chegar a quem mais precisou de nós. Uma logística assente sobretudo no grande espírito de solidariedade e de sacrifício dos nossos funcionários e colaboradores. Nestes momentos difíceis que todos vivemos foi possível testemunhar o perfil incomparável da nossa equipa. Vivemos tempos únicos e difíceis durante os quais, e quando a crise pandémica mais apertou, foi possível lançar uma série de iniciativas que visaram o apoio aos nossos moradores, principalmente aos mais carenciados e vulneráveis.

Face ao contexto vivido foi necessário assegurar a proteção às famílias anteriormente identificadas e que já beneficiavam de apoio social, através do acompanhamento ao idoso via telefónica e visita domiciliária, por forma a identificar necessidades e diminuir o isolamento social, do apoio às compras de bens de primeira necessidade e medicamentos a fregueses com mais de 65 anos, doentes crónicos e utentes do atendimento social e apoio alimentar às crianças das nossas escolas especialmente às abrangidas pelo programa de Necessidades Educativas Especiais.

Para fazer face às necessidades de ensino à distância, lançámos uma campanha de recolha solidária de material informático junto de empresas e particulares com o objetivo de ajudar alguns alunos das nossas escolas, cujas famílias têm maiores dificuldades económicas. Porque a crise não está totalmente erradicada, adquirimos 46 000 máscaras comunitárias reutilizáveis, destinadas à população residente, sendo esta uma medida adicional de proteção ao distanciamento social.

Na área do espaço público procedemos aos trabalhos de limpeza e desinfeção de várias artérias da nossa freguesia como sucedeu, dando prioridade aos locais com maior afluência de pessoas, junto a farmácias, mercados, hospitais, supermercados e outros locais que se mantiveram abertos para responder às necessidades básicas da população. No quadro epidemiológico e com o objetivo de mitigar as consequências sociais e económicas também para o comércio local de São Domingos de Benfica, aprovámos a medida de renúncia à receita proveniente das taxas a favor da Junta de Freguesia que recaem sobre os estabelecimentos e lojas do comércio local da nossa freguesia.

Que estratégias estão em vigor no âmbito do apoio às famílias e às empresas sediadas na freguesia?

Já aqui foi referido o apoio que damos às famílias carenciadas através da nossa equipa da ação social. De acrescentar o trabalho desenvolvido na área do Gabinete de Inserção Profissional, que em parceria com o Instituto de Emprego e Formação Profissional e através da Rede Emprega promove a empregabilidade para os moradores que procuram uma solução profissional. Desta forma, combatemos o flagelo do desemprego e apoiamos o nosso tecido empresarial nas melhores soluções quando uma vaga de trabalho tem que ser preenchido. Fazemos cerca de 1800 atendimentos por ano, dos quais 300 são individuais (formação e procura de emprego). Nas sessões coletivas promovemos as boas práticas sobre técnicas de procura de emprego e desenvolvimento de competências pessoais. Cerca de 50 vagas de trabalho por ano são captadas junto das empresas locais e cerca de 150 desempregados por ano são encaminhados para sessões de formação. Implementámos o Cartão Mais São Domingos. Um cartão de descontos que promove o consumo no comércio local. Neste momento, contamos com cerca de 400 lojas aderentes. Através do nosso Mercado de Inovação (uma incubadora certificada) incubamos novas empresas e novos projetos.      

Em 24 freguesias, Lisboa é um território de muitas semelhanças e, também, de muitas diferenças. Qual o papel de São Domingos de Benfica no conjunto de todas as freguesias que compõem a capital?

São Domingos de Benfica é essencialmente caracterizada pelo número de pessoas que habitam, visitam, estudam e trabalham no território. Local de destino turístico e de emprego atua como um território pendular para quem estaciona o seu carro vindo da A5, da IC19 e até da margem sul, para se deslocar para outras áreas da cidade, usando as bocas de metro existentes. Esta realidade cria um fluxo enorme de pessoas, que torna a freguesia, como uma das maiores centralidades da cidade. Pretende-se ser uma freguesia modelar no ordenamento do espaço público e nas melhores práticas de higiene urbana. Potenciar o património e enriquecer a oferta de destino da cidade. Desenvolver a estratégia verde e ambiental através da requalificação e manutenção da Mata de São Domingos, do Espaço Monsanto e do Parque Bensaúde. São Domingos de Benfica uma freguesia capital.                 

Como encaram o futuro desta freguesia?

Com esperança e sentido de responsabilidade. Melhorar a vida de quem habita procurando o melhor equilíbrio entre a dimensão viária a dimensão pedonal. Melhorar a mobilidade de todos, especialmente daqueles que têm mobilidade reduzida completando o rebaixamento ou elevação de todas as passadeiras do território e colocando calçada mista nas vias mais ingremes. Resolver a difícil questão da falta de estacionamento procurando reordenar todos os cantos da freguesia. Construir um polidesportivo para aumentar a capacitação desportiva do território será uma das prioridades para o futuro próximo. Promover a memória projetando um futuro mais ambiental, mais mobilidade, mais economia, mais turismo e acima de tudo mais solidário.  

Caracterização da Freguesia de São Domingos de Benfica

Criada em 1959, ano em que o Metropolitano chega a Sete Rios, com território destacado de Benfica, a freguesia de São Domingos de Benfica apresenta vestígios de ocupação pré-histórica. O nome dado à maior mancha verde de Lisboa, Monsanto (o “mons sacer”), recorda ainda a ocupação romana.

No final do século XIV, o Convento de São Domingos de Benfica, que Frei Luís de Sousa terá escolhido para morada final, começou a fixar as populações neste local e está na origem do nome da freguesia.

São Domingos de Benfica é uma freguesia portuguesa do concelho de Lisboa, que pertence à Zona Norte da capital, com 4,29 km² de área e 33 745 habitantes (2011). 

Densidade: 7 702,3 hab/km².

São Domingos de Benfica  foi uma das 12 freguesias criadas pela reorganização administrativa da cidade de Lisboa de 7 de fevereiro de 1959, por desanexação de áreas das freguesias de Benfica e São Sebastião da Pedreira.

Património Histórico

Bairro Grandela

No início do século XX, Lisboa cresce na sua riqueza, no seu território e na diversidade das suas gentes. Novas populações povoaram a cidade, que as recebeu caoticamente explorando uma mão-de-obra rural e acomodando-a indignamente. Eis o quadro de uma Lisboa feia e insalubre portas meias com a próspera burguesia, que se evidenciava com valores estéticos através de ostentação nos palácios e casas solarengas nas principais avenidas da capital.

Zonas como São Domingos de Benfica, até então espaço destinado ao veraneio dos mais abastados, passa a acolher operários de pequenas e médias indústrias.

Francisco de Almeida Grandella, instala na antiga Quinta dos Loureiros, o bairro operário ao qual se deu o seu nome.

Localizado na estrada de Benfica, o Bairro Grandella foi edificado entre 1902 e 1910. O bairro apresentava três tipos de habitações que correspondiam a uma posição social específica dentro da organização Grandella.

Destinada essencialmente aos operários das Fábricas Grandella, este núcleo habito-industrial visou dar resposta ao problema da carência habitacional e simultaneamente concentrar os funcionários junto do local de trabalho.

Casa da Cidadania

As “Casas da Cidadania”, é um projeto da Câmara Municipal de Lisboa que tem como missão um conjunto de princípios e objetivos que se concretizam numa rede de espaços e infra-estruturas.

São espaços de proximidade que têm como missão servir organizações sediadas na Freguesia, que promovam a vida social e comunitária e os processos de interação entre os vários sectores da população.

Estes espaços são acessíveis e abertos a todas as pessoas que queiram utilizá-los. O objetivo é promover o desenvolvimento comunitário, com base em metodologias participadas da população que reside, trabalha ou estuda na Freguesia, num esforço conjunto de promoção da Cidadania e dos Direitos Sociais. Sendo equipamentos criados para o público em geral, a Casa da Cidadania é um ponto de encontro, de partilha de interesses, de conhecimentos e de intervenção social,

A Freguesia de São Domingos de Benfica, que apresenta grande fragilidade social, com especial incidência na população idosa, a Junta de Freguesia pretendeu assim reabilitar um prédio inserido no conjunto designado por Bairro Grandela e classificado como de interesse público. Este prédio correspondente ao n.º 417-A da Estrada de Benfica (antiga escola primária) e que foi cedido pela Direção Geral do Tesouro e das Finanças, a esta Autarquia, em 2015, pelo período de 20 anos.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

A igreja primitiva integrava o antigo Convento de São Domingos de Benfica, fundado em 1399, numas casas doadas por D. João I, por acção do seu confessor Frei Vicente de Lisboa e de D. João das Regras. Essa construção viria a ruir e a ser consequentemente demolida, edificando-se, entre 1624 e 1632, o templo actual sob orientação do Padre Mestre Frei João de Vasconcelos. Funcionou como paróquia de São Domingos de Benfica até à década de 70 do séc. XX, altura em que foi construído um novo templo, que adquiriu essas funções, passando esta igreja para as mãos da Força Aérea Portuguesa, com a substituição do orago inicial de São Domingos pelo de Nossa Senhora do Rosário. Classificada como Imóvel de Interesse Público, traduz um exemplar de arquitectura religiosa maneirista.

Palácio Beau Séjour

Em plena Estrada de Benfica, por detrás de um muro cinza, esconde-se o Palácio do Beau Séjour, uma residencial de veraneio que foi cenário de festas e de convívio de artistas. Em 1849 D. Ermelinda, a futura Viscondessa da Regaleira, oriunda de uma família britânica, viúva de um “brasileiro” riquíssimo, compra a antiga Quinta das Laranjeiras, para construir um palacete, segundo modelos arquitetónicos de influência inglesa.

Atualmente, a renovada casa oitocentista, é local de passeio para estudantes citadinos e cidadãos amantes do verde que saboreiam a tranquilidade do Beau Séjour.

Teatro Thalia

Situado no Complexo das Laranjeiras, o Teatro Thalia é um edifício do século XIX (1820), recuperado por esta Secretaria-Geral para fins científicos e culturais, prioritariamente dos organismos da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e da Educação, mas também da comunidade em geral, através da utilização temporária ou esporádica, com carácter oneroso.

Palácio Marqueses da Fronteira

A Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, instituída por Dom Fernando Mascarenhas (1945-2014), representa três importantes Casas, da antiga nobreza portuguesa (Fronteira, Alorna e Távora).
Tendo o instituidor herdado o Condado da Torre e o Palácio Fronteira de uma sua tia-bisavó e não tendo filhos, entendeu dispor de uma oportunidade ímpar para procurar manter a ligação entre esse património e a família a que este está historicamente ligado.
Assim, criou a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, atribuindo-lhe uma vocação cultural que lhe pareceu, simultaneamente, a mais consentânea com o respectivo passado histórico e com a contemporaneidade.

Quinta e Parque Bensaúde

Oferecendo um contraste sereno com as construções que pairam em sua volta, o conjunto formado pelo Palácio e Jardins Bensaúde, situado na Estrada da Luz, nºs 151 a 157 é uma peça histórica de grande relevância.

O conjunto de propriedades, designadas primitivamente de “Quinta de Santo António das Frechas”, “Quinta da Panasqueira ou Ferrão” e “Quinta dos Prostes ou Prestes”, ocupando uma extensa área de 163.107m2, desde tempos imemoriais pertenceu à família Bensaúde, de onde provém a sua denominação.

O jardim oferece uma grande variedade de espécies vegetais de onde se destaca uma alameda de plátanos e o maior e mais antigo sobreiro identificado na cidade de Lisboa.

O parque propõe alamedas de passeio, uma cafetaria, uma área com uma aranha gigante para os mais novos treparem, juntamente com vários outros equipamentos de diversão, e um conjunto estatuário decorativo que pontua os frondosos caminhos do parque e ainda um parque canino.

Palácio e Quinta da Alfarrobeira

O Palácio e Quinta da Alfarrobeira, situa-se na Rua António Saúde, 13. Originalmente, a Quinta era constituída pelo palácio, jardins e terrenos de caça que se prolongavam pela encosta norte da Serra de Monsanto.

João Frederico Ludovice edificou esta magnífica propriedade, construiu e habitou esta quinta, a partir de 1748. O arquitecto jamais imaginaria que, cerca de três séculos mais tarde, a mesma viria a transformar-se num espaço que pretende reunir e aproximar os cidadãos ao poder local, dando corpo a uma intervenção política, social e cultural muito mais direta e próxima das pessoas, sendo hoje a Sede da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica.

Certamente que as paredes do edifício agora renovado terão mil histórias para contar e que o peso e responsabilidade de manter vivo e em funcionamento um património tão rico estará sempre no subconsciente de todos quantos aqui trabalhamos, mas o importante é o serviço público e é por isso que a decisão de concentrar os serviços da Junta de Freguesia neste local é um benefício para todos: fregueses, munícipes, visitantes e quem trabalha em São Domingos de Benfica.

Projetos Ação Social

“Caixa do Bebé”

O projeto “Caixa do Bebé”, lançado pela Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, tem como principal objetivo apoiar famílias, através da atribuição de kits com bens essenciais para um recém-nascido.

Este kit consiste numa caixa de cartão adaptada para servir de berço e vai acompanhado por fraldas, chuchas, roupas, biberões produtos de higiene, entre outros.

Para além desta vertente assume, igualmente, uma preocupação com a segurança rodoviária através da criação de um banco de cadeirinhas.

“Linha de Apoio ao Idoso”

A Linha Gratuita de Apoio ao Idoso é um projeto social desenvolvido pela Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica para sensibilizar a comunidade para a vulnerabilidade dos idosos em risco e isolados na nossa freguesia.

Para tal, a Junta de Freguesia disponibiliza o número 800 50 25 10 que pode ser usado, gratuitamente, por qualquer freguês para dar o alerta. Recebida a comunicação a nossa equipa da ação social acionará os mecanismos de ação que se mostrem necessários.

“S.O.S. PEQUENAS REPARAÇÕES”

O S.O.S. Pequenas Reparações é um projeto de responsabilidade social promovido pela Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica que consiste na prestação de serviços de mão de obra, inteiramente gratuitos, para os Fregueses com idade igual ou superior a 65 anos, pensionistas por invalidez ou portadores de deficiência independentemente da sua idade, nas áreas de carpintaria, eletricidade, canalização, serviços de pedreiro e outras.

“Programa Casa Aberta”

No âmbito do objetivo ‘combater exclusões na cidade’ importa prosseguir e implementar as políticas dirigidas à população idosa, centradas na promoção da sua segurança e qualidade de vida em autonomia, onde se inclui o apoio a pequenas obras de adaptação e barreiras arquitetónicas. O objetivo do Programa Casa Aberta é promover a acessibilidade e a segurança em habitações particulares onde residam pessoas idosas (com mais de 65 anos) ou com deficiência (igual ou superior a 60%).

O que é?

O Casa Aberta é um programa gratuito que pretende melhorar as condições de segurança e acessibilidade na habitação de

pessoas com mais de 65 anos ou com grau de incapacidade igual ou superior a 60%, resultando de uma parceria entre a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica e a Câmara Municipal de Lisboa.

Objetivo:

Identificar as situações de risco para a acessibilidade e segurança dos habitantes, desde a entrada no prédio até às várias divisões da habitação. Realizar pequenas intervenções, desenvolvidas e acompanhadas por técnicos da freguesia, com vista a eliminar barreiras físicas, reduzir o risco de queda, facilitar a prestação de assistência pessoal, aumentar a autonomia e qualidade de vida. Pretende-se assim melhorar o dia-a-dia dos habitantes.

A quem se destina?

A pessoas idosas com 65 anos ou mais e a pessoas com grau de incapacidade igual ou superior a 60%. O programa intervém apenas em habitações particulares. Não intervém em habitações municipais, nem em equipamentos sociais.

Fotografias de José Costa Manuel