O aumento da oferta de quartos provocou descidas nos preços em Lisboa e no Porto, cidades mais caras. Aveiro e Leiria tiveram um aumento de 13% nas rendas.
Os dados são do relatório anual sobre arrendamento de quartos, publicado pelo ‘Idealista’, um marketplace imobiliário português. A oferta de quartos para arrendar em casa partilhada disparou 77% no último ano.
O aumento da oferta provocou descidas nos preços em Lisboa e no Porto, sendo a descida na capital de 9% e na cidade Invicta de 3%, face aos últimos 12 meses.
Os preços também baixaram em Faro, em torno de 8%. Já em Coimbra e Braga, os valores dos quartos para arrendar mantêm-se inalterados em comparação ao último ano, sendo que em Aveiro e Leiria subiram, com um aumento de 13% em ambas as cidades.
No entanto, Lisboa e Porto continuam a ser as cidades com os quartos mais caros em Portugal. Na capital os preços rondam os 371 euros mensais. Na Invicta tem de gastar 299 euros por mês.
Seguem-se Faro (290 euros), Setúbal (288 euros), Aveiro (267 euros) e Braga (255 euros). As mais económicas são Coimbra e Leiria, que correspondem a 203 euros e 214 euros mensais, respetivamente.
Ao mesmo tempo que a oferta sobe, também a procura está a crescer: 8% face ao período homólogo.
O relatório apresenta ainda o perfil de quem partilha casa no país. Têm, em média, 33 anos, vivem no centro de grandes cidades e não fumam (apesar de tolerantes com quem fuma).
A idade média dos habitantes de uma casa partilhada varia em função da zona geográfica, sendo Setúbal a cidade com a média mais alta, rondando os 35 anos. Seguem-se Braga, com uma média de idades de 33 anos e Lisboa onde a média é de 32 anos.
O estudo mostra ainda que em 77% das casas convivem ambos os sexos, enquanto em 18% vivem apenas indivíduos do sexo feminino e 5% exclusivamente masculino.
O arrendamento é, desta forma, a opção habitacional de vários jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e em alguns casos até mais tarde.
“A atual realidade do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que seja complexo para muitas pessoas solteiras ou separadas suportar o custo de uma casa, tornado o arrendamento de um quarto a opção mais vantajosa”, diz o ‘Idealista’.