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Compra de casa exige menos esforço financeiro do que arrendamento

Um estudo levado a cabo pela imobiliária da Century 21 mostra que, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a taxa de esforço só permite a aquisição de habitações com uma área inferior a 90 metros quadrados, em sete dos 20 concelhos abrangidos.

Um estudo levado a cabo pela imobiliária da Century 21 mostra que, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, a taxa de esforço só permite a aquisição de habitações com uma área inferior a 90 metros quadrados, em sete dos 20 concelhos abrangidos.

Comprar uma habitação em Portugal já exige menos esforço financeiro do rendimento mensal familiar, do que caso opte por arrendar. Esta é a principal conclusão do “Estudo da Acessibilidade da Habitação em Portugal”, levado a cabo pela consultora imobiliária Century 21 Portugal.

A empresa utilizou os 90 metros quadrados como critério de definição de uma habitação ideal para a média dos agregados familiares portugueses, avaliando também rendimento médio das famílias nas várias capitais de distrito, bem como os valores para aquisição e arrendamento desta tipologia de habitação.

Para a realização do estudo, a imobiliária assumiu “uma casa de 90 metros quadrados como critério de definição de uma habitação ideal para a média dos agregados familiares portugueses”, refere em comunicado a imobiliária. A análise teve também em conta o rendimento médio das famílias nestes distritos, bem como os valores para aquisição e arrendamento desta tipologia de habitação. “Para além disso, foi analisada a taxa de esforço para aceder a ambas as soluções habitacionais e foi comparada a área possível – para adquirir e arrendar uma casa – cumprindo os critérios da taxa de esforço de referência de 33%, definida pelo Banco de Portugal”.

Os cinco concelhos com a maior taxa de esforço do País para aquisição de habitação foram Lisboa (58%) seguida por Lagos, Loulé e Tavira, ambos com 52% e por fim, Albufeira (48%). Já em sentido inverso, os cinco concelhos onde a compra de casa requereu uma menor taxa de esforço das famílias foram Guarda (16%), Bragança e Santarém, ambos com 15%, Castelo Branco (14%) e Portalegre (13%), sendo que estas regiões contam no total, apenas com 2,1% dos agregados familiares do continente e onde de acordo com o estudo da Century 21, os rendimentos mensais dos agregados familiares variam entre os 1.359 e os 1.394 euros.

Quanto à Área Metropolitana do Porto, os três concelhos com maior taxa de esforço na compra de uma habitação de 90 metros quadrados são o Porto (35%), Póvoa de Varzim (27%) e Matosinhos (26%). No arrendamento, o Porto (50%) continua a ocupar a primeira posição, seguido por Matosinhos (44%) e Valongo (43%). Em relação aos concelhos com menor taxa de esforço na compra, o top 3 vai para Gondomar (21%), Maia (20%) e Valongo (19%). Já no arrendamento, os três concelhos são Gaia (41%), Maia (39%) e Vila do Conde (36%).

“A habitação não é um problema: é a solução, e devem ser criadas políticas, legislações e orientações estratégicas de longo prazo. O mercado está ajustar-se a esta nova realidade e é necessário que os operadores privados, autoridades locais e Estado português olhem para o sector imobiliário com outra perspetiva”, explica Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.

A taxa de esforço é a relação entre as prestações financeiros que um agregado familiar tem face ao rendimento mensal disponível. Este rácio permite perceber qual a fatia do agregado familiar que a prestação do crédito habitação terá nas suas contas.

Para um crédito habitação, recomenda-se que a taxa de esforço seja 30% do rendimento agregado familiar. Assim, por exemplo, se um agregado familiar com dois titulares tem de rendimento 2000€, a prestação mensal do crédito habitação não deverá ser superior a 600€. Assim, poderá perceber se terá financiamento para um imóvel de que valor de avaliação.