O cancelamento da maioria dos festivais de música este ano vai ter um impacto superior a 1,6 mil milhões de euros na economia portuguesa. Valor equivale a um ano de exportações de todo o setor do calçado.
Os números são do relatório anual da Associação Portuguesa de Festivais de Música (APORFEST), que foi consultado pelo ‘Jornal de Notícias’ (JN).
O efeito do cancelamento destes espetáculos este ano, por causa da pandemia de COVID-19, terá um impacto superior a 1,6 mil milhões de euros na economia portuguesa. Um valor que equivale a um ano de exportações de todo o setor do calçado, conforme compara o ‘JN’.
O dinheiro gerado pelos transportes (1,7 mil milhões) e pelos bilhetes (200 milhões) é a fatia que mais contribui para este impacto económico, sendo que há outros negócios que dependem dos festivais de verão.
Para esse montante contribui uma quebra de 80% no volume de negócios de todas as empresas que operam indiretamente no setor. Há cerca de 120 empresas que trabalham para festivais, muitas delas em exclusividade.
No ano passado realizaram-se 287 festivais e a música representou pelo menos dois terços dessa programação. Esses eventos geraram uma injeção de cerca de dois mil milhões de euros brutos no PIB (Produto Interno Bruto), muito à custa do dinheiro gasto pelos festivaleiros em transportes, sobretudo de carro, mas também de avião. Este ano, o valor não será superior a 400 milhões.
O ‘Jornal de Notícias’ disse ainda que o NOS Alive [na foto deste artigo] rende entre 50 a 60 milhões à Região de Lisboa.