Nádia Mendes divide-se entre a gestão da NTintas, a arquitetura e o objetivo de ser feliz. Mulher e empreendedora, Nádia é uma otimista que sempre trabalhou para alcançar o seu objetivo, enfrentando os problemas de sorriso no rosto e uma enorme determinação na alma. A IN foi conhecer de perto a história desta empreendedora apaixonada pelo que faz.
Quem é Nádia Mendes? O que a inspira e motiva diariamente enquanto mulher e profissional?
A Nádia é uma pessoa simples e genuína, que ama a vida, a família e a natureza. Considero-me uma sortuda por viver no Funchal, na bela Ilha da Madeira, onde posso dar uma escapadinha até à beira mar para repor as energias, é o meu antisstress!
Sou uma mulher de fé e acredito que quando damos o nosso melhor, a vida retribui. O que me inspira diariamente é o meu filho Vasco, e quero ser o melhor exemplo para ele, para que cresça confiante de que tudo é possível, desde que se faça tudo e sem que, em nenhum momento, prejudique o outro. Quero que ele saiba estabelecer um objetivo e trabalhe para o alcançar! É também ele que me ensina a descomplicar e a clarificar o sentido da vida.
Divide-se entre a arquitetura e a NTintas. Como divide o seu tempo e como é que estas áreas se relacionam?
A área das tintas é uma extensão da arquitetura, pois faz parte dos acabamentos de todas as obras. Assim o meu conhecimento para um correto aconselhamento técnico e estético é uma mais valia.
Na NTintas conto com o meu “braço direito”, o Miguel Gouveia, e é ele quem está sempre presente na loja, o que me permite dedicar mais tempo à arquitetura.
O negócio das tintas tem sido uma grande aprendizagem para mim e que se reflete na arquitetura, tanto a nível de gestão e liderança, assim como na empatia com os meus clientes.
Como surge a NTintas e como se diferenciam no mercado?
A Ntintas surge em 2015, depois de ter ficado desempregada. Trabalhava há 10 anos num gabinete de arquitetura e na crise de 2012 dispensaram o meu contrato.
Foi desafiador, mas foi essencialmente gratificante, pois durante os três anos do desemprego, fiz cursos e formações que me agregaram valor profissionalmente, mas principalmente no meu desenvolvimento pessoal, da minha essência.
Quando me estabeleci, tive algumas dificuldades em ganhar confiança com os clientes, mas aos poucos e como em qualquer negócio, quando há honestidade, transparência e profissionalismo, as coisas acabam por acontecer, e neste momento tenho bons parceiros de negócio.
Os clientes da NTintas podem contar sempre com a sugestão e solução de uma arquiteta, e isso não se encontra numa loja qualquer!
E na arquitetura, como caracteriza os trabalhos assinados pela Nádia Mendes?
Nos últimos anos têm surgido cada vez mais trabalhos de reconstrução e reabilitação de imóveis. Este tipo de projeto tem tido mais destaque e importância, na medida em que se pretende manter a traça original, mas com mais simplicidade e com a funcionalidade adaptada aos dias de hoje. Há cada vez mais uma consciência global de valorizar e preservar o antigo, o que é fundamental no enquadramento da arquitetura.
Ao longo dos anos percebi que a minha paixão é mais que a arquitetura, é também me relacionar com o cliente, criar empatia, compreender a quem se destina, e projetar com um propósito. Arquitetura é para as pessoas.
Adoro envolver o cliente no processo, de forma a criar uma experiência fantástica deste a elaboração do projeto até a conclusão da obra. Pretendo que se sintam apoiados em todas as decisões, de forma leve e satisfatória. E ver um cliente feliz com o resultado, é mesmo muito gratificante.
As dificuldades e os desafios fazem parte de qualquer empreendedor. Na sua opinião existem características mais particulares ao género feminino que ajudam a mulher a entrar no mercado e ultrapassar desafios de diferentes formas?
Há algumas características que ajudam a manter o foco. Mas é pela minha persistência, dedicação e autenticidade que ultrapasso os desafios, e mantendo os olhos postos nas soluções e nunca nos problemas.
As mulheres cada vez mais ganham destaque na sociedade. E porque são empreendedoras de sucesso não deixam de ser boas mães, nem boas esposas, muito menos deixam de ser boas pessoas. Resumindo-se a um objetivo: ser feliz.