Uma equipa dinâmica e diversificada, a aposta na tecnologia e a certificação de qualidade são os pontos fundamentais que asseguram o sucesso da Finpartner. Quem o garante é Daniela Esteves, administradora da empresa de contabilidade, no balanço que faz de 15 anos da organização. Hoje a Finpartner tem mais de 2 mil clientes que vêm na empresa uma parceira de referência nas suas principais decisões.
Comecemos pelo início. Como surgiu a Finpartner e porquê?
Eu comecei na Finpartner como estagiária, posição na qual fiquei durante um ano. Foi-me depois proposto manter-me na empresa como técnica de contabilidade e aceitei. A partir daí, ao longo de 6 anos, foram-me colocados vários desafios que me fizeram evoluir como profissional, tendo passado por contabilista sénior e chefe de equipa, onde acumulei a responsabilidade pelo Marketing, tendo sido posteriormente promovida a Diretora Operacional. Finalmente em 2020 é-me proposto um novo desafio de abraçar a Administração da Finpartner. Sem dúvida que ao longo deste percurso me deparei com vários desafios que me tiraram da minha zona de conforto, mas que foram importantíssimos para o meu crescimento pessoal e profissional.
A administração da empresa por si só é de uma exigência constante e uma enorme responsabilidade. Gerir uma empresa com mais de 2 mil clientes apresenta desafios novos todos os dias, acrescendo a isto a gestão de seis equipas de trabalho. É desafiador sem dúvida, mas também é muito gratificante poder contribuir para a evolução da empresa e acompanhar o crescimento daqueles que trabalham comigo. Contudo acredito estar numa posição privilegiada porque em pouco mais de 6 anos e meio acabei por passar todas as fases da hierarquia, com acréscimo de responsabilidade inerente a cada posição, o que me fez ter em primeira mão as dificuldades que os meus profissionais sentem no seu dia-a-dia, o que acaba por me dar uma visão diferente e mais próxima da realidade das minhas equipas.
Quais são os principais serviços da empresa e que tipo de clientes representam? Ainda dentro deste tema, qual é a relação que a Finpartner mantem com os seus clientes?
A Finpartner é especializada nos serviços de contabilidade, processamento salarial, representação fiscal e consultoria de gestão e fiscal. Trabalhamos com clientes individuais e coletivos em que uma grande parte é de origem estrangeira. Distinguimo-nos pelo conceito de proximidade ao cliente aliado à utilização das novas tecnologias e a uma equipa comprometida e dinâmica, procuramos sempre prestar um serviço de qualidade e que corresponda às necessidades de cada um. O nosso objetivo é sermos um parceiro de referência dos nossos clientes de forma a que possamos contribuir ativamente na tomada de decisões inerentes à gestão dos seus negócios e investimentos.
A empresa está a completar 15 anos. Quais são os planos para a celebração do aniversário e o que representa este marco?
Os 15 anos da Finpartner foram repletos de conquistas e evoluções, percurso do qual tive o privilégio de fazer parte. Para além da evolução da atividade e do alargamento da nossa carteira e dos serviços que prestamos salientaria três pontos. O primeiro sem dúvida é a equipa, para além de termos aumentado o número de profissionais que colaboram connosco, temos atualmente equipas compostas por profissionais de diversas áreas, com várias experiências e que falam várias línguas, o que enriquece bastante a nossa cultura organizacional. Em segundo lugar a aposta na tecnologia, a evolução que registamos nesta área foi enorme e permitiu-nos ser mais eficientes, através de robôs que desenvolvemos e que eliminaram tarefas repetitivas, com mais atenção ao detalhe e a possíveis erros através de mecanismos que validam o trabalho por nós realizado. Nesta área destaco o desenvolvimento da nossa aplicação Finpartner que veio facilitar ainda mais a nossa relação com o cliente. Por último, e não menos importante, a certificação de qualidade ISO 9001 dos nossos serviços de contabilidade e processamento salarial. Foi sem dúvida um processo que nos enriqueceu bastante como organização e que nos permitiu cimentar procedimentos já existentes e criar novos. É um projeto de melhoria contínua que queremos continuar a desenvolver e aprofundar para as áreas já certificadas e alargar a novas.
Como ocorreu a internacionalização da empresa e que mudanças trouxe para a Finpartner?
A internacionalização da marca é e sempre foi um dos maiores objetivos da Finpartner. O sector da contabilidade em Portugal está estagnado pelo que, aquando da criação da sociedade, os sócios sabiam que a diferenciação passava por alargar os nossos serviços além-fronteiras focando-nos nos investidores estrangeiros que queriam desenvolver projetos em Portugal, e foi esse o caminho que seguimos. Atualmente, tal como já tive oportunidade de referir, a maior parte dos nossos clientes é de origem estrangeira, o que nos proporciona um know-how diferenciador. Ao longo do tempo fomos desenvolvendo parcerias no estrangeiro o que também nos permitiu desenvolver uma presença internacional.
Uma empresa como esta tem, seguramente, grandes parcerias. De que tipo são e quais a principais preocupações que têm nessa relação?
Sim, contamos com uma rede de parceiros bastante forte, nacionais e internacionais, em diversas áreas como a contabilidade, advocacia ou auditores, que nos permite acompanhar o cliente de forma mais completa. As parcerias são, sem dúvida, importantes principalmente quando estamos a tratar de acompanhar um investidor estrangeiro que pode atuar em diversas jurisdições, que tem diferentes sistemas fiscais e contabilísticos. Nestes casos a complexidade que existe no tratamento do cliente e dos seus investimentos é elevadíssima, sendo por vezes necessário contar com parceiros locais.
Daniela Esteves, sendo mulher e estando à frente da empresa, como descreve o mundo das mulheres empreendedoras em Portugal? Pensa que estamos perante uma era de mudança? Ainda temos um longo caminho a percorrer?
De acordo com a segunda edição do Mastercard Index para o Empreendedorismo Feminino, Portugal posiciona-se no 6º lugar dos países com as melhores oportunidades e condições de apoio para as mulheres empreendedoras, à frente de países como os Estados Unidos e o Reino Unido por exemplo. Sem dúvida que existe um caminho que como sociedade ainda temos que percorrer, mas o caminho faz-se andando e não me parece que estejamos parados. Acredito que a capacitação da mulher como líder e empreendedora deve ser incentivada desde uma idade bastante jovem. Pois, a meu ver, essa evolução depende do ambiente social que nos rodeia e das oportunidades que nos são colocadas, mas também depende de nós próprias, das ambições profissionais, da nossa assertividade e resiliência e de desmistificar junto da camada mais jovem ideias pré-concebidas como a não existência de profissões só de homens ou só de mulheres e que a liderança e o empreendedorismo são transversais independente do género de cada um.
Por onde passam os futuros objetivos da Finpartner, há novos projetos a decorrer?
Sim, neste momento temos a decorrer o projeto de certificação da qualidade do serviço de representação e fiscal. O objetivo é alargar a certificação ISO 9001 a outras áreas de relevo dentro da nossa organização. A aposta na tecnologia vai ser reforçada e temos como ambição lançar mais alguns desenvolvimentos que apoiem o nosso trabalho quotidiano e que nos tornem mais próximos dos nossos clientes. A internacionalização é um dos nossos maiores objetivos e é algo que iremos continuar a trabalhar.