Percebe-se que o compromisso com a causa pública tem sido a base da gestão de Augusto Barros, presidente da União das Freguesias de Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais. Reconduzido nas últimas Autárquicas para o terceiro mandato à frente da Freguesia Urbana pelo Partido Socialista, cabe ao político e à sua equipa trabalhar num território onde vive cerca de metade dos tomarenses, marcado por fortes assimetrias entre a zona urbana e a rural. A melhoria dos transportes e das estradas de acesso à cidade e o reforço do apoio alimentar em tempos de pandemia são apenas dois exemplos de uma Junta que tem na ação social a sua grande prioridade.
É notório que o presidente Augusto Barros é um autarca dedicado que, acima de tudo, se preocupa com o povo e o seu bem-estar. Não foi por acaso que iniciou a entrevista dizendo que “Isto vai do gosto (…) E quem não gostar de ser autarca mais vale não pensar nisso. É uma vida bonita, mas é uma vida de dedicação”. Trabalha-se as horas que forem necessárias durante o dia “em prol do fazer mais, crescer mais”, sempre em benefício da população, e é assim que Augusto Barros e a sua equipa têm vivido os seus mandatos.
Durante a conversa que a IN teve com o presidente ficou evidente todo o trabalho do autarca e da sua equipa sobretudo ao nível do espaço rural da freguesia. Na área correspondente à chamada Junta Urbana vive quase metade da população do concelho de Tomar – cerca de 38 mil habitantes, segundo os Censos de 2021. Embora todos os fregueses mereçam igual dedicação, há necessidade de estar mais próximo da população mais desprotegida que vive na periferia da cidade. A melhoria da rede de transportes que passa pela aposta em novos circuitos e em autocarros elétricos tem facilitado o acesso à zona urbana. Uma área em que a Junta desenvolveu, “ao nível dos 80 ou 90%”, foi a pavimentação de estradas em más condições que são acessos diretos à cidade. A reorganização administrativa de 2013 que levou à união das freguesias, e a consequente “economia de escala” que daí decorreu, permitiu a realização deste tipo de obras e de outros projetos. Para a Junta “Este foi um passo de gigante”.
Outra grande frente de atuação da Junta Urbana é a implementação do saneamento básico porque, para Augusto Barros, “neste século é inadmissível” que ainda haja pessoas sem esta valência. Uma realidade que, como lembra o autarca, é ainda muito comum no interior do nosso país.
Respostas sociais
Mas é a ação social que encabeça as prioridades da Junta Urbana. A reabilitação de bairros sociais como o 1º de Maio criou habitação para pessoas “que estavam há anos à espera de uma casa”. E embora a habitação continue a ser um grande problema, já foram recuperadas “cerca de 37 casas”.
O apoio alimentar a famílias carenciadas que são identificadas pela própria Junta é considerado essencial e intensificou-se desde a fase pandémica. São fornecidos cabazes de emergência conseguidos através de parcerias, “e quando a comida não chega, vamos comprar”, diz Augusto Barros. Quando as escolas fecharam durante o primeiro confinamento e sabendo que, para muitas crianças, esta representava a única refeição diária, a Junta alertou a Câmara. Ainda hoje esta atuação é motivo de orgulho para a equipa. O Executivo Camarário continuou a fornecer as refeições e a Junta de Freguesia a distribuí-las, tendo sido graças a esta pressão que este apoio passou a ser dado a nível concelhio.
No Natal, é também habitual a Junta Urbana oferecer cabazes, neste Dezembro foram 120, mas até aqui há uma preocupação em fazer um pouco diferente. Augusto Barros e a sua equipa sabem o que é oferecido por outras instituições e procuram completar esta oferta com o que fica a faltar, “como bacalhau e azeite”, por exemplo.
A “Junta Repara” é um programa de ajuda social que também ilustra o tipo de resposta que é dado a franjas específicas da população. Há famílias carenciadas que, às vezes, necessitam de pequenas reparações nas suas casas e este programa foi feito exatamente para solucionar estes problemas.
Educação
A Junt’Anima é um dos programas mais acarinhados pela Junta e pela população. Crianças e jovens dos seis aos 14 anos participam em campos de férias de verão dinamizando várias atividades. Realiza-se desde 2014 e o número de candidatos costuma superar os inscritos, deixando saudades em quem participa.
Com a transferência de competências da Câmara Municipal para a Junta Urbana ao nível da educação, passou a haver uma maior proximidade com as escolas. Enquanto representante do Conselho Geral de Educação, Augusto Barros mantém-se também a par do que se passa no terreno. A intervenção nesta área tem passado pela formação de auxiliares e, por exemplo, “pela resolução do problema da insuficiência das casas de banho onde chega a haver um lavatório para 100 crianças”, diz o Presidente. Contam para isso com a ajuda de mão de obra especializada, a mesma que ajudou na reabilitação do Mercado Municipal do centro de Tomar o qual “continua ativo graças a esta intervenção”.
Com o Executivo Municipal a relação tem sido aliás “de sintonia”. Todos os anos é habitual a Junta realizar algum tipo de intervenção dentro da zona urbana a qual é da responsabilidade da Câmara e que pode ser de natureza diversa. No ano passado, por exemplo, foi feita a pavimentação de uma estrada.