Nesta entrevista, a Empowerment Coach Ana Gaspar partilha o processo de autêntico renascimento pelo qual passou. A sua história de sucesso pessoal e profissional, com muitos processos de dor e angústia, é uma verdadeira inspiração para os outros.
Licenciada em economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, e certificada em diversas formações nas áreas de negócios e gestão, Ana Gaspar dedicou 18 anos ao contexto empresarial em Portugal. O seu caminho enquanto gestora de um grupo empresarial familiar terminou quando quis iniciar uma nova etapa na sua vida. Ingressou, então, na área do desenvolvimento pessoal, com o objetivo de ajudar empresários e empresas, líderes e gestores.
Assim, após ter realizado a certificação internacional de Business Coaching na Action Coach, em Inglaterra, tornou-se numa Business Coach. Um trabalho atento à felicidade e harmonia na vida dos empresários, uma metodologia que passa por desenvolver e aplicar ferramentas que permitem potenciar o poder dos negócios. Este processo é alcançado através do valor individual de cada um e contribui para um meio envolvente igualmente pleno. Segundo Ana Gaspar “o sucesso das empresas é um reflexo da evolução dos seus líderes e das suas equipas”.
Foi no passado dia 25 de outubro, dia de Lua Nova com Eclipse Solar, que Ana Gaspar anunciou o renascimento e transmutação da sua marca pessoal e de si mesma, assumindo-se publicamente como Empowerment Coach.
Esta mudança foi impulsionada por não se sentir totalmente realizada. “Sentia que algo faltava e aquele negócio que já tinha alcançado, de facto, um sucesso, já não me satisfazia por completo”. A partir daí foi em busca do seu propósito mais elevado, através de um processo de desenvolvimento pessoal.
No fundo, é isso que se propõe a trazer às pessoas que não se sentem completamente realizadas, tanto ao nível da carreira profissional como em relação ao seu eu interior. Houve, assim, um upgrade do Business Coaching para o Empowerment Coaching, ou seja, apesar de todas as competências conectadas com a vertente empresarial continuarem a ser trabalhadas e exploradas, Ana Gaspar começou a desenvolver, também, as questões comportamentais e o crescimento pessoal.
O foco que anteriormente estava muito direcionado para a gestão da liderança e a existência de uma equipa funcional e alinhada, agora está orientado também para a pessoa. “Obviamente que não é possível trabalhar uma liderança sem o desenvolvimento pessoal, quer do líder, quer dos liderados”, refere. Se, a determinada altura, não nos centrarmos em nós, “no ‘eu’ da pessoa, no que ela sente e vê, no que ela é e impulsiona, no que ela quer e ama, no seu futuro” o processo de coaching fica incompleto, continua. “Temos que perceber que para podermos servir o outro, temos que estar no nosso melhor, senão, de outra forma, não vai ser possível existir uma renovação e construção”, conclui.
Trabalha na dimensão que vai além do desenvolvimento pessoal, psicológico e emocional, naquela que é mais subtil e conectada à vibração da alma. “Pretendo trazer o melhor das pessoas e fazer com que elas vivam a sua melhor versão, no fundo, inspirada pelo meu próprio processo”. Processo este que provém dos seus clientes e dos ensinamentos que arrecadou enquanto Business Coach. “A minha maior fonte de aprendizagem, de experiência e de inspiração, foi também esse meu processo”.
“Mais do que sentir que estou a trabalhar na minha melhor versão, há uma clarificação daquilo que podemos chamar o propósito, a missão, aquilo que realmente nos empodera, que nos faz verdadeiramente felizes, que nos realiza”. Só assim é possível desbloquear e perceber como é que temos de agir para o processo se desencadear em harmonia e se conseguir entender, verdadeiramente, como é que se deve lidar com determinadas situações. E, com isso, perceber o famoso clichê “quando eu mudo, tudo muda à minha volta”.
Ana Gaspar aconselha a ter consciência e humildade para pedir ajuda, a ter alguém que nos dê a mão e que nos faça ver as coisas de outra perspetiva. Isto porque “estamos moldados seja pela rotina, por medos e angústias, seja por questões do passado e por crenças limitadoras”. Segundo a especialista, torna-se difícil manter o foco, a motivação e a estabilidade da fé e da esperança, com todo um ambiente corrosivo ao nosso redor.
Quando temos a humildade suficiente para pedir ajuda, é necessário ter consciência do quanto a nossa mente nos controla. Aí, devemos iniciar um processo de auto-observação e autocrítica construtiva no sentido de empoderar os nossos pensamentos que se refletem nas nossas emoções e nas nossas ações. Pedir ajuda a alguém é importante pois “nós temos um potencial gigante que não temos noção e ter alguém, ao nosso lado, que nos lembre disto todos os dias, é essencial. Alguém que nos ajude a focar no que realmente desejamos e nos empodera os nossos dons e talentos, e aquilo que também é reconhecido pelos outros como o nosso potencial”. É a partir daqui que intuímos, trabalhando e conectando profundamente ao nosso centro e ao nosso ser, ao chamado “eu” superior. Servindo com os nossos dons, ao nosso melhor nível, isto é chamado o nosso propósito de alma.
Deste modo, quando nos abrimos de uma forma mais vulnerável, inicia-se o processo de inspiração a nós mesmos e aos outros, e foi desta forme que Ana Gaspar partilhou a história do seu passado e o seu processo de cura. “Não estamos sozinhos e não precisamos de ser sempre fortes” declara a Empowerment Coach.
“Estamos de braços e mente aberta, sem julgamentos, para perceber a história de cada pessoa”. Existem feridas e só quando nos abrimos para as limparmos e curá-las “é que ocorre a verdadeira transformação”, conclui Ana Gaspar.