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Começa amanhã a maior edição de sempre da Feira do Livro de Lisboa

Um dos maiores eventos culturais da cidade de Lisboa está de volta ao Parque Eduardo VII e traz muitas novidades. O seu início está marcado para amanhã e termina a 11 de junho.

Ao fim de três anos de limitações provocadas pela pandemia, a Feira do Livro de Lisboa, regressa, na sua 93º edição, ao Parque Eduardo VII e recupera as datas habituais deste evento. Mais uma vez, o local receberá milhares de pessoas, de diferentes gerações, que demonstram interesse em literatura: nos livros e nos seus escritores.

Este ano, a feira apresenta “a maior oferta editorial de sempre”, revela a organização, mas não foi possível aumentar o número de pavilhões, devido a questões de logística da Jornal Mundial da Juventude (JMJ). Terão presentes 981 marcas editoriais, sendo estas representadas por 139 participantes (mais seis do que na última edição). Estes irão estar distribuídos pelos já conhecidos 340 pavilhões e por um “renovado Espaço dos Pequenos Editores”.

Esta edição traz várias novidades e melhorias, tanto no aumento da área de exposição dos pavilhões, como em questões funcionais. A preocupação com a sustentabilidade mantém-se, recuperando os pavilhões sustentáveis das últimas edições. A APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros), em comunicado de imprensa, refere que “o famoso passadiço foi atualizado”, que haverá mais mais “zonas de estar e de sombra”, a zona da restauração terá mais diversidade, a acessibilidade aos pavilhões e instalações sanitárias está assegurada, havendo uma maior preocupação com as pessoas de mobilidade reduzida.

Já a sua programação demonstra-se mais completa e cheia de atividades literárias para todos os gostos, podendo participar miúdos e graúdos: “apresentações, debates, lançamentos de novos livros, mesas-redondas, entregas de prémios e sessões de autógrafos”, são só alguns exemplos, indicados pela Lisboa Secreta, do que poderá contar na Feira do Livro de Lisboa 2023.

Uma das grande novidades é a presença, pela primeira vez, do Plano Nacional de Leitura na FLL (Feira do Livro de Lisboa). Estre trará diferentes atividades, tais como, um “consultório de leituras”, “a leitura em família”, aos sábados e, dia 27 de maio, será possível criar poemas, também em família. No dia 8 de junho, às 18 horas, está previsto um debate com o tema “com booktokers o efeito das redes nos comportamentos de leitura dos jovens”, alusivo ao TikTok. “Os que nos visitarem no auditório poente da Feira, entre as 18h00 e as 19h00, nos dias úteis, terão direito a um momento de diálogo, um poema para lerem e ouvirem e um folheto com sugestões de livros de ficção, não ficção e infantojuvenis”, acrescenta o Plano Nacional de Leitura em comunicado.

O presidente da APEL, Pedro Sobral, revelou, ao Público, que são esperados “muitos mais escritores” e “mais autores internacionais do que no ano passado”. Existe, cada vez mais, uma vontade expressada, dos escritores, de marcarem presença na Feira do Livro de Lisboa. Apesar de Portugal ser dos países com um pior índice de leitura, o interesse pelos livros está a crescer significativamente, principalmente nos mais jovens que se encontram na faixa dos 18-30 anos: Pedro Sobral afirma que é visível um “movimento de novos leitores, na faixa dos 18 aos 30 anos, muito alavancado pelas redes sociais”.

Poderá visitar a Feira do Livro de Lisboa a partir de amanhã e até dia 11 de junho, nos mesmos horários já praticados, sofrendo só pequenas alterações: durante a semana, domingos e feriados, o evento fecha duas horas mais cedo, às 22 horas e às sextas, sábados e vésperas de feriados fechará às 23 horas. No dia 27 de maio, a Feira terá de fechar às 17 horas, por questões de segurança, sendo que coincide com o fim da jornada da Liga Nacional de Futebol, em que existe a possibilidade do Sport Lisboa e Benfica se sagrar campeão.