A quantidade de água armazenada nas bacias hidrográficas portuguesas continua com sentidos opostos. No mês de junho, o volume de armazenamento aumentou em quatro delas e diminuiu em oito, segundo dados do Sistema Nacional de Informação dos Recursos Hídricos (SNIRH), relativamente ao estado de 12 bacias.
Os armazenamentos do mês passado por bacia hidrográfica eram, a 30 de junho, superiores à média, que é de 69,9%. Porém, há a exceção das bacias do Sado, Guadiana, Mira, Arade e Ribeiras do Algarve, que volta a ser a que reserva menos quantidade de água, apenas 11,7% da capacidade que detém. A chuva escassa ou inexistente a sul do Tejo, que leva a constantes e cada vez mais prolongados ciclos de seca, justifica estes valores.
No sentido inverso, muito pela maior quantidade de precipitação registada na região Norte, as bacias do Lima, com 92,8%, do Mondego, com 87,8%, do Ave, com 87%, e do Cávado, com 83,9%, eram as que registavam maior quantidade de água e foram as que subiram o volume face a maio.
Sendo que, a cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira, das 57 monitorizadas, 23 têm disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e dez apresentam valores abaixo dos 40%.