Maria de Fátima Carvalho é, desde finais de 2021, presidente do Instituto Politécnico de Beja. Até hoje, a Professora, com uma vasta experiência, para além de ter lecionado, integrou vários outros projetos distintos e viu, ainda, o seu trabalho científico ser reconhecido.
Licenciada em Química, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, mestre em Engenharia Sanitária, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e doutorada pela Universidade de Extremadura, Maria de Fátima Carvalho desenvolveu uma investigação na área das Tecnologias de Tratamento e Reutilização de Água, publicou vários artigos científicos em revistas de circulação internacional e viu o seu trabalho ser reconhecido com a obtenção de três prémios nacionais e dois regionais.
Foi no ano de 1993, quando ingressou no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), que a sua história com a instituição começou a ser escrita. Para além de ter lecionado na área de Tratamento de Águas, participou na comissão de elaboração dos primeiros estatutos do Instituto, bem como coordenou o programa ERASMUS da Escola Superior Agrária e o mestrado de Engenharia do Ambiente.
Em 2020 venceu um concurso público internacional para professora coordenadora principal e no final do ano seguinte foi eleita presidente da instituição. Apesar de ter demorado “algum tempo” a interiorizar a ideia, a insistência de um grupo de docentes levou-a a assumir o desafio “com determinação, dedicação total e muita confiança. Acreditei e continuo a acreditar que tenho o perfil, a visão, o conhecimento institucional e do sistema politécnico para poder ‘conduzir’ com sucesso os destinos da instituição neste período de extrema mudança e exigência visionária”.
Relativamente aos primeiros três anos de mandato, a presidente sente-se “orgulhosa” das diversas conquistas. É o caso do “Selo de Instituição Inclusiva”, o projeto da nova residência que dotará o IPBeja com mais 503 camas, o reconhecimento, com medalha de platina, do campus do Instituto Politécnico pela Federação Internacional de Futebol como “Campus Saudável”, a participação no consórcio Universidade Europeia HEROS (Higher Education Reimaged for Open Societies) e a cooperação na Agenda Mobilizadora InsectERA, em que a instituição irá criar um laboratório de imagem hiperespectral, com o objetivo de conceber novas metodologias de análise de alimentos, bem como o desenvolvimento de tecnologias de tratamento de águas, com recurso a insetos.
Maria de Fátima Carvalho tem, ainda, até ao término do mandato, no final de 2025, um conjunto de objetivos para atingir, prometendo trabalhar “até ao último dia como se fosse o primeiro”.