A Garland Transport Solutions continua a estratégia de internacionalização e vai abrir uma filial em França. Em entrevista à IN Corporate Magazine, o CEO, Giles Dawson, explica o porquê da escolha deste país e como o Grupo Garland tem inovado ao longo dos mais de dois séculos de existência.
O Grupo Garland foi fundado em 1776 e no próximo ano celebra 250 anos, sendo um dos mais antigos em Portugal. Ao longo de todo este tempo tem vivenciado diversas etapas da história. De que forma têm inovado para acompanhar a progressão do mercado em que atuam?
A inovação está no centro da nossa cultura, não apenas através da tecnologia, mas sobretudo na forma como desenvolvemos as nossas pessoas e adaptamos a estrutura às exigências de cada época. Temos modernizado processos, investido em soluções digitais e plataformas integradas que nos permitem trabalhar com mais agilidade, precisão e proximidade com os clientes. Sabemos que a transformação é gradual. Por isso, formamos equipas com pensamento crítico e espírito de mudança, promovemos a colaboração entre gerações e preparamos a organização para um futuro mais exigente e digital. Temos também uma preocupação crescente com a sustentabilidade e estamos a tornar as nossas operações mais responsáveis. Ao longo de quase dois séculos e meio, soubemos ouvir, aprender e crescer. Essa é, talvez, a nossa maior inovação.
Depois de em 2014 se ter expandido para Marrocos e em 2023 para Espanha, a Garland Transport Solutions, empresa transitária do Grupo Garland, dá mais um passo na sua estratégia de internacionalização, com a abertura de uma filial em França. Que razões estão por trás de mais este avanço e da escolha do país?
A Garland já tinha uma operação bem-sucedida de transporte de têxteis e calçado entre Portugal e Paris, setores exigentes onde temos grande experiência. A nova presença local permite-nos prestar um serviço mais direto e eficiente, reforçando a competitividade no mercado francês.
França representa um mercado com grande potencial de crescimento e Paris, capital mundial da moda, é especialmente estratégica para nós, pelo forte posicionamento da Garland no apoio ao setor. A presença física permitirá uma cadeia logística mais fluida, sobretudo porque grande parte da mercadoria para a moda francesa é produzida em Portugal. Por fim, a operação em Paris reforça a nossa rede europeia e garante uma resposta mais ágil e integrada em toda a Europa.
Agora que estarão em Portugal, Marrocos, Espanha e França, tencionam chegar a mais países? Que outros objetivos pretendem implementar no futuro?
Neste momento, não temos planos imediatos para novos países. A entrada em França respondeu a necessidades concretas dos clientes. Já operamos em quatro mercados distintos, um desafio considerável para uma empresa que até há poucos anos atuava apenas em Portugal.
Os próximos anos serão de consolidação da presença nesses mercados, com foco na excelência operacional. Queremos investir nas equipas e parceiros locais e garantir que o crescimento se traduza em maior qualidade de serviço. Crescer com responsabilidade, mantendo o nosso ADN, será sempre a prioridade.
