As ruínas de Conimbriga são o principal cartão de visita de Condeixa-a-Nova, embora seja necessário fazer um pequeno desvio, valerá a pena fazer uma viagem no tempo até ao Império Romano. Mas o património de Condeixa-a-Nova não se esgota nas célebres ruínas romanas de Conímbriga. Há mais para ver e conhecer.
Por Condeixa-a-Nova, o silêncio acompanha o caminheiro na maioria do trajeto. Entre a natureza e o pensamento neste troço é possível fazer uma viagem no tempo, ou apenas seguir, entre os encantos deste concelho.
No município de Condeixa tem-se dado atenção ao percurso pedestre a caminho de Santiago. A sinalética mereceu a melhor atenção por parte do municipio, mas também se cuidou de fornecer alguma informação histórica. Desta informação destaca-se, a menção da passagem de algumas personalidades relevantes, como por exemplo, Confalonieri, secretário de monsenhor Fábio Biondo de Montalto, patriarca de Jerusalém, núncio papal em Lisboa, membro do gabinete do papa Clemente VIII, e que passou por Condeixa, em particular no lugar da Fonte Coberta no ano 1594 (24 de abril). O Duque Cosme de Médicis e Pier Maria Baldi, que desenhou a Fonte Coberta a partir do monte das Pegas. Existe um painel em azulejos na aldeia atrás referida, que pode ser visto pelos caminhantes. De referir que há informação da existência de estalagens onde os peregrinos podem pernoitar: uma em Alcabideque e outra em Fonte Coberta, devidamente assinalada.
No concelho de Condeixa o caminho é quase todo plano. Não existem grandes elevações. É entre Conímbriga e a aldeia do Poço das Casas que se verifica a maior altitude (172m), e a mínima situa-se perto da ponte do Rio dos Mouros (Conímbriga) com 90m. A distância a percorrer pelos caminheiros é de cerca de 13km. A duração do percurso estima-se em perto de quatro horas.
Se dentro do caminho o viajante já tem alguns pontos de interesse para visitar, como por exemplo a ponte filipina, na Fonte Coberta, também tem, querendo desviar-se do trajeto, outros motivos de interesse de onde se realçam: as ruínas de Conímbriga, o castellum em Alcabideque, a Casa-Museu Fernando Namora, a Galeria Manuel Filipe e o museu interativo de interpretação romana PO.RO.S. Neste museu, onde história e tecnologia se unem para o fazer sentir romano, somos transportados à presença romana nas terras de Sicó feita através da combinação de achados arqueológicos com ecrãs de interface tátil, soluções interativas gestuais, componentes 3D e outras soluções multimédia. Da visão ao olfato, é uma visita para despertar os sentidos.
Para pernoitar, além de pensões, os viajantes podem descansar da viajem no quartel dos bombeiros.