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Aqui começa Albergaria da Rainha D. Teresa

Corria o ano de 1117, quando a Rainha D. Teresa, ordenou que se erguesse uma albergaria junto à estrada que ligava Coimbra ao Porto para assistir pobres, peregrinos e outros passageiros. Era a herdeira da Via XVI romana, da Estrada Mourisca e da Estrada Coimbrã e, mais tarde, seria a Estrada Real. Assim nasceu Albergaria-a-Velha.

Em 1594, o padre Confalonieri, indo para Santiago, aqui pernoitou, descrevendo Albergaria-a-Velha como uma “aldeia de cerca de 100 casas, pequenas e pobres”. Em 1627, Jorge Domingues, natural e morador em Lisboa, teve outra sorte, pois aqui faleceu “Indo pª Santiago de Galiza”.

Hoje, o Albergue de Peregrinos Rainha D. Teresa dá continuidade ao legado da instituidora, passados novecentos anos. É nele e na imemorável estrada que vive o genius primitivo de Albergaria-a-Velha.

Enquanto percorre estas terras, o peregrino contemporâneo absorve a tranquilidade de um território agraciado com paisagens naturais únicas, monumentos que atestam a sua história multissecular, uma gastronomia de invejar e uma hospitalidade genuína.

Com 14,5 km de extensão, o percurso albergariense inicia-se em caminho florestal a sul da cidade e rapidamente chega a Assilhó. Aí pode visitar a Capela de São José e o cruzeiro. Segue o caminheiro, depois, em direção ao centro urbano, onde pode conhecer alguns marcos históricos e culturais do concelho: Estação de caminho-de-ferro; Cineteatro Alba; Lápide da Rainha D. Teresa (século XVII); Casa do Dr. António de Pinho (Arte Nova); Casa e Capela de Santo António (MIP – Monumento de Interesse Público); Estátua da Rainha D. Teresa; Palacete e Castelo da Boa Vista (biblioteca municipal); Casa do Mouro (século XVIII); Casa do Outeiro/Casa da Rua de Cima (século XVIII); Escola Adães Bermudes/Escola da Rua de Cima.

Saído da cidade, uma estrada leva o peregrino até ao Monte de Nossa Senhora do Socorro, santuário de referência na região. Aqui se encontra um padrão-cruzeiro do século XVII, que diz: “AQUI COMESA ALBERG(ARI)A DE POBRES E PASAG(EIR)OS DA D(ONA) TAREZA”. Segue-se Albergaria-a-Nova e a vila da Branca, onde por alguns metros a secular linha férrea “caminha” lado a lado com os aventureiros.

Atualmente, decorre processo de certificação do caminho central português, em colaboração com a Federação Portuguesa do Caminho de Santiago.

Ao longo do caminho, tem o peregrino à sua disposição vários locais onde recuperar forças: Misericórdia de Albergaria-a-Velha (secretaria@ misericordiadealbergaria.pt); Albergue de Peregrinos Rainha D. Teresa (albergue@cm-albergaria.pt); A Praça (espaço polivalente do Mercado Municipal) (geral@ cm-albergaria.pt); Estalagem dos Padres (global@ estalagemdospadres.pt); Pensão Parentes (234 521 271); Parque de Lazer do Monte de Nossa Senhora do Socorro; Casa Diocesana de Nossa Senhora do Socorro (casadiocesana@diocese-aveiro.pt); Hostel/Albergue Albergaria-a-Nova (albergue@albergaria.eu).