Em Silves, já com uma história de mais de vinte anos no mercado, encontramos a Brejeira. Uma empresa de caris familiar que desenvolve a sua atividade na plantação, produção, colheita, embalamento e comercialização de citrinos. Estivemos à conversa com Luís Santos, responsável pela empresa juntamente com o seu irmão, que nos revelou o seu espírito empreendedor.
Ao entrar nas instalações da Brejeira cedo se percebe a grande dedicação dos irmãos Luís e João Santos, os proprietários da empresa de citrinos. O produto de excelência é fruto do fator climático e da qualidade dos solos que a região algarvia oferece: “esta é a melhor laranja do mundo, pelo terreno, pelo clima em si e a maneira como nós a produzimos.”
Luís Santos começou a trabalhar aos 13 anos, e hoje conta com mais de quarenta anos dedicados ao sector dos citrinos. “Deixei a escola com 13 anos, foi quando o meu pai comprou isto. Hoje tenho 57, o único patrão que tive foi quando estive na tropa.” O caminho tem sido percorrido sempre com a aposta na produção de qualidade, que distingue a laranja desta região. “A cor e o sabor são as caraterísticas que distinguem os nossos citrinos.” Este é um ano de boa produção para a empresa, que rondará as 1500 toneladas.
Todo o processo, desde a plantação à produção, colheita, seleção, embalamento e comercialização é realizado na empresa. As laranjas saem daqui para todo o país e também para o estrangeiro: “vendemos para Lisboa, Coimbra e Porto, e temos também uns clientes que fazem a exportação. Neste momento estão a comercializar também para a França, onde a procura da laranja algarvia é maior.”
A falta de água é a hoje a maior apreensão do proprietário da Brejeira. O problema, que já é recorrente na região do Algarve, tem-se intensificado nos últimos tempos e pode colocar a qualidade da produção em risco: “a maior preocupação agora é a água, se não chover vai ser um grave problema para a produção. As estações de salinização para a agricultura são caras, agora se fosse aproveitada para outras coisas seria mais água que ficaria nas barragens.”
Para o futuro, Luís Santos espera que o seu filho lhe siga as pisadas e tome as rédeas do negócio: “O meu filho tem 35 anos, espero que pegue no negócio, vamos ver.”