Transparência, rigor e responsabilidade são os pilares da atividade jurídica desenvolvida pela Boutique Law firm ATLAW. O rosto e Managing Partner deste escritório de advocacia é Patrícia Azevedo Lopes. Uma Mulher Inspiradora cuja trabalho fomos conhecer melhor.
De uma forma um pouco introdutória e para dar a conhecer a empresa aos nossos leitores, como surgiu a ATLAW e porquê?
A ATLAW é a concretização de um sonho. A partir de um conceito boutique de direito, o projeto visa aproximar e traduzir, de uma forma simples, a complexidade das leis ao cliente e ao caso em concreto. Ao longo de quase duas décadas, de forma gradual e em amadurecimento constante, tem sido criada uma estrutura capaz de oferecer um serviço de excelência, procurando soluções adequadas aos desafios apresentados pelos nossos clientes.
O nosso objetivo tende a esclarecer o nosso cliente, elucidativa e diretamente, envolvendo-o na perceção do seu próprio processo, o que, em nossa opinião, apenas sucede quando o serviço é prestado de forma personalizada e próxima ao nosso cliente, fazendo com que se sinta em casa com a lei – ATLAW Azevedo Lopes Lawyers – cuja designação seguiu inevitavelmente as tendências da globalização, acompanhando o nosso mercado, também ele, com uma forte componente internacional.
Quais os principais direitos dos cidadãos, nas diversas áreas em que a empresa atua, que normalmente não são de sabedoria geral? Gostaria de partilhar algum conselho para os portugueses?
Esta questão é bastante pertinente. Atualmente, o mundo em que vivemos tem vindo a transformar-se, a cada dia que passa, num mundo mais tecnológico e digital. Veio, assim, permitir que o cidadão partilhe informações sobre os seus comportamentos à escala global. E, apesar de apostarmos numa transformação digital, também na área da Advocacia, é crucial existir uma maior consciencialização da informação que cada um partilha de forma a proteger e salvaguardar a privacidade dos seus dados. A ATLAW decidiu apostar na formação especializada na área da Proteção de Dados, podendo prestar orientação na prevenção e apresentação de soluções relacionadas com o direito digital e o uso de tecnologia, nomeadamente, na implementação do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD) bem como, a título privado, no que ao tratamento dos dados pessoais diz respeito. Aconselharíamos sempre a acautelar devidamente a partilha dos dados pessoais, verificando as entidades que os solicitem, prestando a informação mínima e indispensável, solicitando esclarecimentos quanto ao tratamento que
aquela entidade fará com esses dados e qual a finalidade pretendida.
Tratando-se de uma firma de advogados, quais são os motivos mais comuns dos clientes que vos procuram? Que tipo de relação mantêm enquanto trabalham com eles?
A nossa Boutique Law Firm presta serviços jurídicos em diversas áreas do Direito, atuando sobretudo em duas grandes vertentes: o Direito Imobiliário e o Direito da Imigração. Por vezes, estas duas vertentes ou áreas de atuação complementam-se entre si e geram a necessidade de prestar apoio jurídico noutras áreas como o Direito comercial e societário, laboral e, portanto, assegurando uma assessoria jurídica transversal a todas essas necessidades. Temos clientes investidores, particulares ou empresas a
quem, inicialmente, prestamos serviços jurídicos numa determinada área e que depois vem a necessitar apoio em outras áreas.
A nossa equipa está sempre atenta às necessidades dos nossos clientes, o conceito de proximidade é dos nossos principais compromissos. Assinalamos com caráter de prioridade, aquilo a que designamos por gestão de expectativas e aplicamo-la ao relacionamento entre Advogado e Cliente. É enriquecedor apercebermo-nos que o acompanhamento que fazemos aos nossos clientes perdura no tempo e que somos recomendados, por vezes, por situações que aconteceram pontualmente, mas que, de uma forma irrepreensível, gerou uma memória seletiva. Aliás, algumas dessas ligações ainda hoje se mantêm.
Sente algum tipo de discriminação por ser uma mulher nesta área? Na sua opinião, ainda há um longo caminho a percorrer em Portugal?
Felizmente, no ano da minha agregação (2004) o número de mulheres advogadas já era expressivo. Reconheço que exista ainda a necessidade de percorrer caminho, mas não creio que o objetivo seja de equiparar a mulher ao homem enquanto advogados. É evidente que em momentos no exercício da nossa
profissão ocorressem situações menos positivas, contudo não as relaciono ao facto de ser mulher e advogada. Sou oriunda de uma família com imensas mulheres, habituadas a poder dar a sua opinião. Ao confrontar-me com algum tipo de discriminação por ser mulher, a melhor forma de as encarar é admitir que essas situações são característica de uma mentalidade retrógrada que não se adaptou aos tempos atuais. Nem se tratará de uma questão de resignação com a sua existência, apenas a constatação de um facto. Há que considerar esses momentos menos positivos transformando – os em motivação para que contribuam para o nosso crescimento pessoal e profissional. O facto de ser Mulher, pela nossa natureza, potencia o sentimento de acolhimento social, a defesa pela igualdade de oportunidades, o empreendedorismo que almeja um lugar de destaque na sociedade como porta-voz de temas vulneráveis. E é neste caminho que revejo o meu percurso, quer pessoal, quer profissional.