Ajudar outras empresas e organizações a conseguirem alcançar ou superar os objetivos pretendidos é o propósito da Giraffe Mission. A empresa, que atua na área do marketing e se destaca pelo seu profissionalismo, foi criada por Sílvia Correia Amado, que agora nos dá mais detalhes sobre a sua vida profissional.
Atualmente, a Sílvia Correia Amado é CEO da Giraffe Mission. Apesar disso, já exerceu noutras áreas. Pode contar-nos o seu percurso profissional até à criação da empresa?
Comecei o meu percurso como analista de gestão numa empresa industrial, tendo passado para empresas de consultoria e mais tarde serviços. Posteriormente, passei pela Banca, durante alguns anos, e voltei a transitar para empresas centradas em tecnologia. Acredito que o facto de ter passado vários anos a trabalhar como consultora, de ter crescido profissionalmente com o foco na experiência do cliente e na otimização de processos e resultados e de ter estado do lado do negócio, muito ligada ao desenvolvimento de produtos e serviços, com uma forte componente de base tecnológica, formam o conjunto de fatores que me deu uma perspetiva única no marketing.
Há quanto tempo foi fundada a Giraffe Mission? O que a motivou a fazê-lo?
Foi muito esta aprendizagem e reflexão que me levou a criar a Giraffe Mission no início de 2020. Para poder praticar aquilo em que acredito e ajudar as empresas a alinhar as atividades de marketing à implementação da sua estratégia, de forma indissociável da criação e implementação de uma marca única e distintiva e que, efetivamente, vive os seus valores e propósito no dia a dia.
Mais do que “só” a comunicação da marca (e aí não pode haver incoerências, logo à partida), é transformarem e alinharem aquilo que dizem – através dos seus canais, produto, serviço, experiência da marca, vivência das pessoas – com aquilo que efetivamente são. É viverem em pleno a sua marca, o seu propósito e os seus valores. É isto que torna as marcas e as empresas verdadeiramente únicas.
Porque, tal como as Girafas são dos animais mais únicos e distintivos do reino animal, que criam sinergias positivas no ecossistema à sua volta, o nosso desígnio é ajudar a criar as ‘Girafas do mundo empresarial’: empresas únicas, distintivas, que crescem de forma sustentada e que geram um impacto positivo à sua volta.
“É viverem em pleno a sua marca, o seu propósito e os seus valores. É isto que torna as marcas e as empresas verdadeiramente únicas.”
Sabemos que a Giraffe Mission está focada em ajudar empresas e organizações não conformistas a irem mais longe. Para quem não conhece, como descreve a empresa? Por que valores se rege? Que serviços oferece aos clientes?
Nós queremos trabalhar com empresas que acreditam no mesmo que nós, mas que precisam de ajuda para o implementar. Muitas vezes não porque não o saibam fazer, mas por uma questão de trazermos o foco necessário, fazermos as perguntas certas e ajudarmos a tornar o caminho e as prioridades mais claras. Estamos a falar de empresas/organizações que querem fazer a diferença e fazer diferente, viver os seus valores, criar impacto e fazer parte da construção do futuro.
Oferecemos serviços de qualidade, muitas vezes em modelo de marketing-as-a-service.
Claro que, idealmente, gostaríamos de fazer o caminho todo, em conjunto, começando por trabalhar os valores e propósito da marca, o posicionamento da marca e o posicionamento do produto/serviço. Para tal, identificamos sempre as características mais distintivas de cada uma, porque tal como as Girafas, que têm um conjunto de características que as tornam únicas, também as empresas/organizações têm o seu conjunto de características distintas, muitas vezes não identificadas ou não devidamente trabalhadas, nas suas mensagens e no seu dia a dia. E este é um trabalho essencial para o posicionamento distintivo de cada uma. É esta base que depois usamos para trabalhar conteúdos, canais, modelos de crescimento e áreas de impacto. E estes são os quatro vetores em que exercemos: Brand, Positioning, Impact & Growth.
O que nos distingue é que, seja qual for o ponto em que começamos a colaborar, fazemo-lo sempre com a identidade e a essência da marca no centro de tudo. Sempre focados no posicionamento único que queremos criar. Sempre com o desígnio de ajudar a criar mais uma Girafa do mundo empresarial. Sempre. É por isso que questionamos e desafiamos muito, mas também ajudamos a tornar o caminho mais claro e a implementar de forma, muitas vezes até mais rápida e com qualidade. Porque, no fim, o que é feito está alinhado com os valores e posicionamento da marca. É coerente, faz sentido. E, por isso, os resultados aparecem.
Apesar de alguns progressos, a desigualdade de género ainda está presente na sociedade. Em que medida considera que o facto de ser mulher condicionou o seu percurso profissional? Na sua opinião, de que forma pode ser revertida esta situação?
Condicionou no sentido em que temos sempre de criar um balanço entre os objetivos pessoais e familiares – como ter filhos e dar-lhes apoio – e os objetivos profissionais. E há ainda muitos ambientes machistas, onde as mulheres são sujeitas a situações desconfortáveis e isso é considerado “normal”. Eu trabalhei muito em meios em que as mulheres são uma minoria e há pouca compreensão para estes temas. Para além disso, em muitos sítios ser mulher e ter filhos ainda é considerado uma desvantagem pelas equipas de gestão.
Enquanto não percebermos que, como sociedade, ganhamos todos em contribuir para criar ambientes equilibrados que apoiam as pessoas e as ajudam a ser felizes, a florescer e a encontrar o seu balanço, vamos continuar, como sociedade e como organizações, a caminhar no sentido da nossa extinção e não da nossa evolução.
Quais as suas perspetivas, a nível profissional?
Basicamente é isto que temos estado a falar: procurar contribuir positivamente para o mundo, ajudando a criar as Girafas do mundo empresarial: organizações únicas, distintivas, que crescem de forma sustentada e contribuem positivamente para o mundo à sua volta. E ter a capacidade de ser, eu própria, um agente nesta mudança que o nosso mundo tanto precisa. “Walk the Walk”. Mais que falar, é fazer acontecer.