Fundada em 2001, a Envicorte é um dos principais fornecedores em Portugal e no estrangeiro de acessórios têxteis para vestuário e lar. António Carneiro fez um retrato do percurso feito por uma empresa que é hoje uma referência no mercado e que recentemente decidiu apostar na produção de máscaras sociais reutilizáveis.
Em atividade desde 2001, como se define hoje a Envicorte?
A Envicorte é uma empresa que tem crescido progressivamente ao longo dos anos de forma sustentada e que tem vindo a reforçar a sua posição no mercado nacional e internacional, garantindo elevados níveis de qualidade, cumprimento de prazos de entrega e tentando sempre garantir ao cliente a apresentação de soluções inovadoras.
Percorrendo esta história de quase duas décadas, o que fica de todos esses anos?
Vivemos num mundo em permanente movimento, temos de estar constantemente atentos ao mercado e acompanhar de perto as tendências da moda e a evolução tecnológica. Para conseguirmos acompanhar temos de garantir um parque de máquinas atualizado e uma equipa versátil, para estarmos preparados a dar resposta às diferentes solicitações dos clientes.
Quais os principais serviços e produtos da empresa? Quando falamos de acessórios para vestuário e têxtil lar, a que nos podemos referir em concreto?
Dispomos de serviços de corte, entretelado, plissados, fita viés 100% algodão e aplicações para vestuário e têxtil lar. Quando falamos em acessórios referimo-nos a produção de aplicações maioritariamente nos tecidos que os clientes entregam: machos, pregas, nervuras, ponto aberto, dente de rata, trança, esparguete, fitas vincadas, passepoil, franzido, torcido, aplicação de elásticos, smock, rolinho, picueta, diversos pontos decorativos como: ponto de cobertor, ponto colômbia, ponto de concha, ponto de beijinho, entre outros possíveis.
Relativamente aos plissados, temos máquina para plissados fantasy, cristal e soleil. Em relação ao plissado soleil temos neste momento já algumas opções com pormenores diferenciadores.
A Envicorte trabalha para estar no leque de fornecedores de referência das principais marcas mundiais do sector. Têm conseguido concretizar esse objetivo?
Sim, esse objetivo tem sido conseguido! Julgo que em muito graças à satisfação dos nossos clientes, o nome da Envicorte tem passado de boca em boca.
E que mais-valias oferece a Envicorte aos seus clientes?
A garantia de qualidade, cumprimento de prazos, preços competitivos e o apoio técnico e disponibilidade na procura das melhores soluções para os nossos clientes.
A Envicorte é uma empresa com uma grande responsabilidade social. Que benefícios concedem aos vossos trabalhadores e como é que isso contribui para o sucesso da empresa?
Garantir a formação constante dos funcionários, manter um ambiente de trabalho seguro e onde todos se sintam integrados.
Dinamizar uma atitude de disponibilidade para a mudança e basear a prática quotidiana no profissionalismo, na lealdade e rigor na correção de situações adversas.
Organização de convívios de forma a promover a integração e motivar o espírito de equipa.
Pessoas motivadas trabalham com mais empenho.
Como se mantém competitivo uma empresa com quase 20 anos, num panorama que já não é local nem nacional, mas mundial?
A única forma de nos mantermos competitivos é mantermo-nos atentos ao que o mercado procura e garantir respostas quer em termos de know-how, quer em termos de maquinaria atualizada de forma a conseguirmos dar resposta no mínimo de tempo possível.
Com vê a indústria têxtil portuguesa neste momento?
A indústria têxtil portuguesa, tal como a indústria têxtil mundial e a economia em geral está a passar por muitas dificuldades financeiras, provocadas por esta situação que vivemos atualmente relacionada com a pandemia COVID-19, muitas empresas poderão até nem conseguir ‘sobreviver’ a esta situação. Contudo, pode também ser uma oportunidade para nos afirmarmos no setor têxtil mundial, uma vez que temos maquinaria, temos know-how, talvez tenhamos de repensar a nível europeu se muita da matéria-prima que vem da China, talvez tenhamos capacidade a nível europeu de produzir cá.
Em entrevista ao ‘Expresso’, o presidente da Euratex, Alberto Paccanelli, disse que Portugal pode dominar o mercado europeu dos ‘têxteis-lar’. A Envicorte sente essa abertura da Europa?
Portugal tem capacidade para estar na vanguarda dos ‘têxteis-lar’ europeus. Não trabalhamos diretamente com o cliente final, mas sabemos que quem está no mercado e o faz com qualidade tem sempre muita procura.
As startup podem ser fundamentais neste processo de transformação, modernização, digitalização?
Acredito que sim. Temos de ter abertura a novas ideias, novos processos. Tudo que possa ajudar no melhor desempenho é bem-vindo.
Que áreas poderão ser privilegiadas em próximos investimentos na empresa?
Neste momento estamos a investir em maquinaria avançada para a produção de máscaras sociais reutilizáveis, com preços muitos competitivos e com qualidade!
Em princípio vamos também apostar na sublimação.
Relativamente a outros investimentos, poderão surgir a qualquer momento, desde que as condições financeiras o permitam e assim o mercado o exija. Estamos atentos e vamos sempre tentar estar na vanguarda.