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Empigest aposta na logística 4.0: progredindo com as evoluções tecnológicas

Um serviço superior, assistência multimarca e soluções inovadores – estes são os pontos que distinguem a Empigest. Do recondicionamento de equipamento, à automação de armazéns, venha conhecer esta empresa de Mafra, líder na movimentação de cargas.

A operar desde 2007, a Empigest é uma referência nacional no ramo da movimentação de cargas. Começaram com oito colaboradores e neste momento já são 122. Ao leme do projeto estão Carlos Carvalho, diretor geral e Sérgio Mateus, diretor de serviços.

O desenvolvimento tem sido contínuo e desde o ano passado a Empigest cresceu quase 25 por cento. “Fecharemos o ano de 2019 com uma faturação a rondar 20 milhões de euros, no ano anterior faturamos 14.8”, quantifica Carlos Carvalho.

O fundador explica que a Empigest, tal como o nome indica, dedica-se à gestão de empilhadores e por isso o modelo de negócio vai além da simples revenda de máquinas. “Apostamos em três fatores diferenciadores: o nível de serviço, a assistência multimarca e as soluções diferentes e inovadoras”.

As apostas intersecionam-se e o nível de serviço, personalizado e com foco na qualidade, alia-se às soluções inovadoras na figura do aluguer ajustado às necessidades específicas de cada cliente e na venda de máquinas recondicionadas.

Recondicionamento
O recondicionamento dos equipamentos permite oferecer soluções mais baratas que têm a mesma garantia de uma solução nova. A Empigest propõem-se a encontrar soluções que se adequem às necessidades do cliente e não se limita a apresentar orçamentos para o que o cliente idealizou.

Na perspetiva de Carlos, tal é decisivo para ganhar um negócio. “Por vezes, os clientes têm uma atividade em que não justifica ter uma máquina nova”, acrescenta e por isso faz todo o sentido apresentar uma proposta com custo reduzido e adaptada às exigências do serviço.

“Quando o cliente nos abre a porta para apresentarmos a nossa solução, fica a ganhar pois obtém uma resposta mais ajustada”, esclarece o co-fundador, complementando: “o objetivo é acrescentar valor ao processo para que o cliente fique informado acerca do que achamos melhor”.

Aposta na automação
Em 12 anos de atividade, as exigências de mercado têm sofrido mutações, mas a Empigest tem conseguido tirar partido da sua maturidade e dar resposta às novas necessidades. Foi assim a estreia na Indústria 4.0, quarta revolução industrial marcada pelo fenómeno da automação.

A mais recente aposta são veículos autoguiados, ou AGV (Automated Guided Vehicle), equipamentos que não precisam de operador e podem ser comandados por um software adequado, WMS (Warehouse Management System), ou telemóvel e tablet.

A utilização é simples, uma vez que não requer engenharia complexa, infra-estruturas ou rotas programadas. Pelo contrário, os AVG podem ser configurados pelo utilizador autonomamente. A tecnologia de ponta implementa a inteligência artificial na gestão de armazéns e o resultado são soluções mais seguras e aumento de produtividade.

“A automação é um processo que ainda cria alguns receios no tecido empresarial. Afinal, estamos a falar de máquinas que vão substituir pessoas”, descreve Carlos Carvalho, contrapondo que “estas máquinas não têm, obrigatoriamente, que colocar estas pessoas no desemprego”.

“Tendencialmente, as pessoas deixarão de fazer tarefas rotineiras de menor valor e vão começar a fazer trabalhos de valor acrescentado que exigem formação e um certo know-how. Os trabalhos rotineiros tenderão a ser feitos por máquinas”, explica.

A história é cíclica e é com facilidade que o co-fundador exemplifica o mecanismo de conversão de competências. “Com o aparecimento dos computadores, os processos tornaram-se realmente mais rápidos, mas surgiram novos postos de trabalho”.

“Considero uma evolução positiva. Imagine-se uma pessoa que trabalha oito horas em produção: no final do mês consegue garantir o rendimento, mas certamente que se tiver formação para uma tarefa especializada, sentir-se-à mais realizada”, reflete Carlos Carvalho.