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As 12 faixas do “Gigaton”, o novo álbum de Pearl Jam

Eddie Vedder, vocalista dos Pearl Jam

Após muita especulação, os Pearl Jam confirmaram o lançamento do novo álbum, “Gigaton”, com data de lançamento prevista para o dia 27 de março. É o 11º álbum da banda de Seattle e o primeiro desde 2013. Nos últimos dias foi divulgado um excerto de uma música, que aparenta ser um trecho de uma das novas canções da banda, neste caso, “Dance of the Clairvoyants”.

Quem cresceu nos anos 90 a ouvir rock, entende perfeitamente a razão de Pearl Jam rimar com flanela. O início da década de 90 ficou marcado pelos anos dourados das bandas de Seattle, com a explosão do movimento grunge, como uma subcultura urbana. O grunge surgiu no início da década de 80 como um estilo musical inovador, influenciado pelo punk rock e pelo heavy metal, que conheceu o seu auge dez anos mais tarde, com o aparecimento de bandas como Nirvana, Soundgarden e claro, Pearl Jam.

A ascensão dessas bandas foi meteórica e em 1991, quando o álbum dos Nirvana, “Nevermind”, destronou Michael Jackson do topo das vendas mundiais, o grunge deixou de ser um estilo musical e passou a ser uma forma de vida. Kurt Cobain tornou-se na voz de uma geração que, angustiada e sarcástica, prendia-se por valores anti-racistas, anti-machistas, anti-homofóbicos, anti-xenófobos, e anti-sistema. O estilo desmazelado, misturado com camisas em flanela e all stars, saiu de Seattle e conquistou o mundo e as massas. Mas mais importante que o estilo foi a música, que permaneceu até hoje na nossa playlist.

Os Pearl Jam são uma das poucas bandas que sobreviveram ao declínio do grunge, sendo que a maioria delas desapareceu, não por falta de popularidade, mas por excesso de demónios internos. Hoje a banda liderada por Eddie Vedder está no Rock & Roll Hall of Fame, mas regressando aos anos 90, é obrigatório mencionar o álbum de estreia da banda, “Ten”, que apesar de não ter sido um sucesso imediato, é considerado um dos álbuns mais importantes da história do rock, com clássicos como “Even Flow”, “Alive” e “Jeremy”. Inspirado em temas como abusos e depressão, “Ten” é o mais grunge que um disco consegue ser e foi o primeiro passo dos Pearl Jam rumo à imortalidade.

 Com 30 anos de atividade, os Pearl Jam continuam indiferentes à fama, sendo irónico que sejam uma das bandas de rock mais mainstream do momento. Com um estilo menos agressivo que as restantes bandas de Seattle, o grupo responsável por hits como “Better Man” e “Black”, sempre se manteve alheio a escândalos e polémicas, continuando no topo muito mais tempo que o esperado, considerados inclusivamente pela Allmusic como a banda americana de rock & roll mais popular dos anos 90. Dez álbuns lançados e mais 60 milhões de discos vendidos no mundo inteiro, os Pearl Jam já atuaram diversas vezes em Portugal, nomeadamente no histórico Pavilhão Dramático de Cascais em 1996, no estádio do Restelo em 2000, no Pavilhão Atlântico em 2006, no Optimus Alive em 2007 e 2010, até regressarem em 2018, para brilharem no NOS Alive, em Oeiras.

 Em 2020, além da nova digressão europeia, sem previsão de atuação em Portugal, o grupo vai lançar o seu primeiro álbum em sete anos, dia 27 de março, denominado de “Gigaton”, que sucede assim a “Lightning Bolt” de 2013. No passado dia 17 de janeiro, o podcaster Bill Simmons partilhou um possível excerto de uma das novas canções dos Pearl Jam, uma vez que a aplicação Shazam identifica a música como a “Dance of the Clairvoyants”, incluída no novo disco. Até ao momento nem a banda nem o podcaster confirmaram a autoria da canção. Entretanto durante o dia de hoje, os Pearl Jam anunciaram as 12 faixas que estarão presentes em “Gigaton”.

facebook/PearlJam

Em relação ao nome “Gigaton”, na semana passada o grupo explicou nas redes sociais a origem do nome, indicando que “um gigaton é o que os cientistas usam para medir a perda de gelo das maiores camadas de gelo da Gronelândia e Antártida? É um peso equivalente a mais de 100 milhões de elefantes ou 6 milhões de baleias azuis”.