Ambiente Destaque

AFIA move-se a favor da pegada ecológica

INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EMPENHADA NA LEVEZA AMBIENTAL

A indústria automóvel tem um peso importante na economia nacional, quer no PIB, quer na taxa de empregabilidade, sendo que representa 5% do PIB, 8% do emprego da indústria transformadora e 16% das exportações nacionais de bens. Quando comparado com as vendas ao exterior, as exportações atingem os 9,4 mil milhões de euros, um recorde em termos absolutos.

Números à parte, o planeta apela à consciencialização ambiental e a necessidade é a de incutir esta preocupação em todos os segmentos, incluindo o da indústria automóvel. Segundo Adolfo Silva, “o setor tem estado continuamente empenhado na diminuição das emissões de gases com efeito de estufa, através do desenvolvimento de tecnologias de baixo consumo de combustível e do investimento em motorizações alternativas”.

O diretor da AFIA acredita que a indústria automóvel, incluindo construtores e fornecedores, está comprometida com as metas do Acordo de Paris, de forma a mitigar os efeitos das alterações climáticas, pretendendo cumpri-las, fazendo uso de todo o conhecimento e das suas próprias inovações. Adolfo Silva acautela, ainda, que “atualmente, as empresas da indústria de componentes automóveis, para fornecerem os construtores de automóveis, têm que cumprir meticulosamente os requisitos específicos em termos de qualidade e normas ambientais”.

Questionado sobre as mudanças para pôr fim aos veículos tradicionais com motores de combustão interna, Adolfo Silva prevê que a evolução do mercado dos veículos elétricos dependerá significativamente de dois principais fatores externos: o preço do petróleo e o custo da eletricidade. Contudo, existem muitos outros fatores com influência expressiva, que retardarão a adaptação a esta realidade, nomeadamente, o preço e a autonomia das viaturas elétricas, a disponibilidade de meios (públicos e privados) para carregamento das baterias e a própria aceitação pública para este tipo de mobilidade.

Para a AFIA, a indústria automóvel está sensível para a necessidade de recriar uma mobilidade mais limpa, mais inteligente, mais sustentável e mais segura no futuro.

A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM NÚMEROS

A indústria portuguesa de componentes automóveis está a acompanhar a evolução do mercado, investindo, continuamente, na modernização das fábricas e na inovação dos processos de fabrico. No ano de 2017 foram investidos 800 milhões de euros.

O setor automóvel é constituído por três áreas de atividade complementares, todas elas de dimensão muito significativa: o fabrico de moldes, o fabrico de componentes e o fabrico de viaturas automóveis. Segundo Adolfo Silva “dentro desta indústria, o setor de fabrico de componentes tem claramente o maior peso”.

Segundo dados da MOBINOV (Cluster Automóvel Portugal), a indústria automóvel contava com um volume de negócios na ordem dos 13,7 mil milhões de euros, em finais de 2018.

No ano passado, foram vendidos 228 mil carros em Portugal e cerca de 17 mil eram veículos elétricos, híbridos ou movidos a combustíveis alternativos.

No ano 2018, a indústria automóvel bateu um máximo histórico, com o volume de negócios a atingir os 11,3 mil milhões de euros, uma subida de 8%, em relação ao ano anterior.