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Conheça os reais riscos do amianto

Com um laboratório acreditado ao dispor e uma equipa formada e independente, a Controle de Risco, sediada em Vila do Conde, é uma empresa especializada na análise e avaliação de risco e soluções para gestão de materiais com amianto. Em conversa com a IN Corporate Magazine, Jorge e Vasco Oliveira quebraram alguns paradigmas sobre o amianto.

“O amianto pode estar em milhares de produtos. Paredes com fibrocimento, tetos falsos, isolamentos, painéis de todo o tipo”. A informação mais generalizada é que o principal perigo se encontra nas placas de fibrocimento das coberturas dos edifícios, no entanto, a Controle de Risco alerta que “o fibrocimento é apenas um tipo de material com amianto, categorizado como não friável, ou seja, que não se desagrega facilmente, logo, quando não manuseado liberta amianto em quantidades muito baixas”. E acrescenta que o “isolamento de tubagens ou painéis antigos libertam bastante mais amianto quando deteriorados, não protegidos ou manuseados, porque se tratam de produtos de amianto friáveis”. Há, portanto, “um desconhecimento da opinião pública” e uma das missões da Controle de Risco é conceder esses esclarecimentos.

“Fazemos o acompanhamento total em termos de qualidade do ar – para sabermos como estão os níveis enquanto os trabalhadores executam a obra – e também fazemos análises aos materiais para sabermos se efetivamente têm amianto e de que tipo de intervenção vão precisar”.

Mas as competências da Controle de Risco não se esgotam por aqui. Além de identificarem a presença de amianto, fazem uma “avaliação do risco”, cujos resultados são apresentados ao cliente num relatório que, na maioria dos casos, contém recomendações dos procedimentos a adotar. “Nem sempre é necessário remover todos os materiais com amianto”, pode proceder-se a um melhor isolamento, a uma substituição parcial ou apenas à informação e sinalética que alerte para comportamentos de risco.

“Quando as coberturas estão em mau estado devem de ser substituídas (até porque o risco não é apenas de exposição a amianto, mas muito grave também é o de queda de telhas em alguém ou equipamentos). Mas não é uma situação tão dramática como se tem falado. Há situações em que o problema não são as infiltrações de água ou as fissuras, mas o conforto térmico, uma vez que as placas de fibrocimento não são nada boas nisso – ou seja, são substituídas para ganhar eficiência energética e não porque representavam um risco”. Por outro lado, “se a cobertura estiver boa, não há razões para remover imediatamente. O ato de remoção liberta muito amianto, contrariamente ao que se pensa”. Portanto, “tudo depende dos objetivos e dos riscos de cada intervenção”.

Em Portugal “a lei ainda não funciona bem” para os casos de remoção de amianto. “Outros países não são comparativos com Portugal, porque têm muito mais cuidados e atuam mais na prevenção do que nós”. A Controle de Risco não tem dúvidas de que “se deve fazer o que tem de ser feito, mas com sentido de responsabilidade e de forma correta”. Para isso, a formação, a segurança e a total transparência no processo são os principais pilares desta empresa que se dedica à avaliação e análise de amianto em todas as construções.