Pandemia provocou uma quebra de 120 milhões de dólares (cerca de 100,5 milhões de euros) no plano de receitas até à competição ter lugar daqui a dois anos no Qatar.
Os valores do orçamento revisto foram divulgados esta quarta-feira, 19 de agosto, pela FIFA. O organismo prevê que a pandemia de COVID-19 provocará uma quebra de 120 milhões de dólares (cerca de 100,5 milhões de euros) no plano de receitas até ao Mundial de futebol de 2022, que irá decorrer no Qatar.
A redução de custos, devido ao cancelamento de competições, poderá ajudar a compensar a quebra de 200 milhões de dólares (167,6 milhões de euros) provocada pelo adiamento do Mundial de clubes [entre os campeões continentais e o país anfitrião], inicialmente previsto para este ano, igualmente no Qatar.
A Federação Internacional de Futebol garante que a maioria dos acordos de patrocínio e transmissão relativos ao Mundial de 2022 já foi assinada e deverá manter o lucro previsto no ciclo financeiro 2019-2022.
O organismo comprometeu-se a conceder 328 milhões de dólares (cerca de 274,9 milhões de euros) em donativos adicionais de um fundo de emergência para fazer face à crise pandémica.
Tendo em conta as repercussões da pandemia, a FIFA prevê reservas não inferiores a 1,6 mil milhões de dólares (cerca de 1,3 mil milhões de euros) no final do Mundial de 2022, valor inferior aos 1,9 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) indicados no orçamento apresentado em 2018.
O organismo que gere o futebol mundial garante, de resto, que 94% das suas receitas de radiodifusão já foram assinadas para o ciclo 2019-22. “Tendo a maioria dos direitos comerciais já sido vendida, espera-se que o impacto da crise do coronavírus nas receitas da FIFA se mantenha comparativamente baixo”, refere o organismo em comunicado.
A FIFA já tinha anunciado que espera uma quebra nas receitas das vendas de bilhetes para o Mundial 2022, devido aos estádios mais pequenos no Qatar, que acolhe o último torneio de 32 equipas.
Por outro lado, estima-se um aumento das receitas no Mundial de 2026, a disputar nos Estados Unidos, Canadá e México, que será disputado por 48 equipas, e terá, por isso, 80 jogos, em vez de 64.
De acordo com o relatório, em 2019 os pagamentos ao presidente Gianni Infantino rondaram os 3,3 milhões de francos suíços (cerca de 3,04 milhões de euros), relativos a salário-base, bónus e subsídios.