Dados referem-se ao alojamento local. As reservas estão a aumentar desde junho, sendo que o turismo da Invicta tem recuperado mais e de forma mais rápida que o da capital.
As estatísticas sobre o turismo foram disponibilizadas ao ‘JN/Dinheiro Vivo’ pela AirDNA para os alojamentos locais (AL) registados nas plataformas da Airbnb e da Vrbo para as duas principais cidades.
As reservas estão a aumentar desde junho, apesar de ainda serem aquém do que havia no ano passado. Mas o país não está a recuperar de forma igual.
O Porto está à frente de Lisboa, tanto em termos mensais como homólogos. O facto de algumas freguesias da Área Metropolitana de Lisboa (AML) terem ficado mais tempo em estado de calamidade, quando o resto do país já estava em situação de alerta, ajuda a explicar os números do turismo.
No mês de julho, por exemplo, as reservas na Invicta subiram 30% face a junho (a queda homóloga foi de 39%). Já em Lisboa, as reservas aumentaram apenas 19% em cadeia, mas continuavam 51% abaixo de julho do ano passado.
Porto melhora 600%
O turismo do Porto cresceu de forma brutal desde os piores dias da pandemia. Por exemplo, comparando a semana iniciada a 13 de abril deste ano (577 novas reservas) com a de 17 de agosto (4061 reservas), o aumento é de 600%, quando em Lisboa a variação se fica pelos 342% (para o mesmo período considerado). Um valor muito próximo ao do conjunto do país, que registou uma subida de 334% para o mesmo período.
Quanto aos preços por noite, também há recuperação. Neste caso Lisboa passa à frente, já que a variação mensal em julho foi positiva com aumentos de 1,5% face a junho, mas comparando com o mesmo mês do ano passado ainda estão 9% abaixo.
Em julho, o preço médio por noite era de 93,32 euros num alojamento local, uma subida de 1,5% face ao mês anterior, mas ainda abaixo dos 102,63 euros de 2019. Já para os hotéis regista-se uma recuperação mensal de 2,4%, mas ainda com uma quebra de 13,4% face ao mesmo período do ano passado.
No Porto, a evolução mensal em julho ainda foi negativa. Registou-se uma quebra de 0,4% e face ao ano passado ainda estão 12% abaixo.
Preferências mudam
Neste verão os turistas têm elegido casas inteiras em vez de optarem por quartos partilhados. Em julho, a quebra homóloga foi de 63% para este tipo de oferta tanto em Lisboa como no Porto, mas na cidade portuense a diminuição mensal ainda era de 9%.
Na capital já houve alojamentos com reservas para quartos partilhados em junho face a julho com uma subida de 13%.