Para miúdos e graúdos, o Zoomarine é o local ideal para descobrir as magníficas criaturas que se escondem no oceano. O parque oferece um leque variado de opções lúdicas e educativas que, além de garantirem um dia divertido, têm como objetivo consciencializar os visitantes das ações a tomar para, gota a gota, salvarem o oceano e o planeta. O recente investimento trouxe mais diversão e maior sustentabilidade.
O Zoomarine dispensa apresentações, é hoje uma das marcas do Algarve e é considerado um dos melhores parques temáticos do mundo, tendo programas que não existem na Europa como o de interação com golfinhos. Este ano comemorou o seu 29.º aniversário, mas antes de entrar nos 30 renovou-se com um investimento de mais de quatro milhões.
Desde 1991 que o Zoomarine procura transportar adultos e crianças a um mundo de sonho e fantasia, criando emoções e sensações únicas, ao mesmo tempo que promove também o conhecimento, a preservação e a educação ambiental, de uma forma divertida.
Neste ‘mar de diversão’, situado na Guia, em Albufeira, são muitas as propostas, com mais ou menos adrenalina, mas há oferta para todas as idades. Pode visitar o aquário onde habitam algumas das espécies mais misteriosas dos nossos oceanos, experimentar a praia artificial de areia fina – salpicada por vegetação tropical e ladeada por escorregas aquáticos – ou assistir aos vários espetáculos onde não faltam acrobacias e peripécias. Outra atração que não passa despercebida aos visitantes é a possibilidade de interagir com os golfinhos através do programa Dolphin Emotions.
O parque aquático inovou e é uma referência na conservação da natureza, na ciência e educação em Portugal. Foi o primeiro delfinário português, o primeiro parque oceanográfico dedicado à vida e preservação dos oceanos e o primeiro a criar um centro para reabilitação de animais aquáticos. Também aqui nasceu o primeiro golfinho (no mundo) graças a inseminação artificial voluntária.
Vivem neste zoo 1600 animais, entre mamíferos, aves, répteis, peixes, invertebrados, numa variedade de 259 espécies, todas nascidas e criadas em cativeiro. Os animais selvagens são devolvidos ao habitat natural, desde que tenham condições de saúde. Manter toda esta estrutura envolve um investimento de 15 milhões de euros anuais e que é pago com as receitas de bilheteira. Bilheteira que neste ano ficou reduzida, decidiu a administração, para poder garantir o distanciamento físico devido à COVID-19 e dar aos visitantes as melhores condições de segurança.
O Zoomarine são os golfinhos, os leões-marinhos, também os papagaios e as araras, as cobras, enfim, um mundo animal cheio de cor e de variedade, mas também de ciência e proteção da natureza. Atividades que podem passar despercebidas ao comum dos visitantes, como o centro de reabilitação para espécies aquáticas (Porto d’Abrigo), sobretudo tartarugas. Juntam-se os escorregas, a praia com ondas e os espetáculos para atrair milhares de visitantes. Mas a pandemia levou a que limitassem a frequência a 30 por cento por questão de segurança. Receberam 640 mil pessoas em 2019, mas 2020 foi ano atípico.
Apesar disso, 2020 foi também marcado por mais um investimento para trazer mais diversão, mais sustentabilidade e melhores condições. Além disso, também os trabalhadores viram a sua remuneração aumentar.
O Parque Temático de Albufeira renovou a sua frota automóvel e conta agora com viaturas sem combustão interna. As visitas às escolas do Algarve e Alentejo já se farão este ano em viaturas 100 por cento elétricas.
O parque também está a reforçar a sua capacidade de produção elétrica e brevemente atingirá 40 por cento das suas necessidades de autoconsumo, e utiliza água diretamente do mar do Algarve para não ter de salinizar artificialmente piscinas e habitats e, dessa forma, melhora ainda mais o bem-estar dos animais que habitam o Zoomarine.
Tudo isto faz parte de um investimento de 4 milhões, 2,7 milhões dos quais são apoiados pelo Turismo de Portugal.
Outra aposta dos responsáveis pelo Zoomarine foi a melhoria das condições dos seus trabalhadores, tanto dos 150 que trabalham permanentemente no parque, como os cerca de 300 funcionários sazonais com contrato direto. As remunerações foram aumentadas no mínimo em 5 por cento, que corresponde a um valor médio de 10 por cento, o objetivo é garantir assim pessoas comprometidas e apaixonadas.
Também foi feita uma remodelação das principais áreas de restauração, que dá lugar a 94 por cento de produtos reutilizáveis, reciclados ou biodegradáveis. O Zoomarine também contou com três novas diversões, neste ano, o Ferry Boat, a Torre Farol e o Twist Manta, bem como mais dois filmes no cinema 4D.
Segurança dos animais em primeiro lugar
Os golfinhos são a joia da coroa do Zoomarine, com espetáculos e visitas ao delfinário, tendo os anfiteatros reduzido a ocupação de dois mil para 425 lugares devido à pandemia. Mas há muitos mais animais para conhecer.
A grande maioria das espécies nascidas no Zoomarine ficam no parque: golfinhos, focas, leões-marinhos, otárias-sul-africanas, raias, tubarões, cavalos-marinhos, araras, papagaios, tartarugas, cágados, etc. Em 29 anos, mais do que duplicaram as espécies com que abriram o parque: eram cem em 1991, atualmente são mais de 1600.
Os que o deixam tem que ver com questões técnicas e de defesa animal, por exemplo, fazer parte do Programa Europeu de Reprodução de Espécies Ameaçadas (EEP). Nestes casos, são trocados com animais de parques similares, para formar ou diversificar uma família reprodutiva.
Os animais que caem em redes de pescadores – dão à costa doentes ou perdidos – vivem ilegalmente em casas particulares, lojas de animais ou restaurantes, são tratados no Porto d’Abrigo, sob vigilância do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Uma vez reabilitados, devolvem-se ao meio selvagem, seja em Portugal ou no estrangeiro, nomeadamente a Inglaterra, Holanda, EUA e França. Os que não podem ser entregues ao seu meio, por idade, doença ou outro problema, são enviados para uma entidade (nacional ou estrangeira) escolhida pelo ICNF.