Teve início há 11 anos e desde então que não parou o seu crescimento. A Quinta da Malaca situa-se na freguesia de Pêra e conta com vinhas muito antigas, plantadas em 1954, que pertenciam ao avô do proprietário, Luís Cabrita.
A vinha é caracterizada por três castas tipicamente algarvias, Castelão, Crato Branco e Negra Mole, casta que só existe no Algarve, e o local onde ela se encontra é na Quinta da Malaca, que deu nome à primeira marca de vinhos da empresa. O sucesso era evidente e com o crescimento da marca foram acrescentadas novas castas, uma delas, a francesa Sauvignon Blanc, “ela acaba por escoar logo muito bem e, para além disso, ganhámos medalha de prata, em Veneza, num Concurso Mundial mesmo específico da casta. Somos dos melhores e aí foi um destaque grande para o nosso vinho o que referencia a nossa qualidade”, conta-nos Luís Cabrita.
Com um maior impacto no mercado, têm na sua gama vinhos de reserva de grande qualidade, usando as castas Aragonês e Sauvignon Blanc. Passam nove meses entre barricas novas e usadas, de carvalho francês, que tornam o vinho tinto mais macio, com mais complexidade e longevidade.
Para homenagear o local de onde a família Cabrita vem, foi criada a marca Vale de Parra com um slogan bastante diferenciado, “Terra de grandes homens, terra de grandes vinhos”. Em 2016, começou por ser um vinho tinto que só entrou no mercado dois anos depois e, este ano, foi lançado o primeiro vinho branco Vale de Parra com Crato Branco, Chenin Blanc e Códega do Larinho.
Segundo o empresário, o principal target dos vinhos da Quinta da Malaca são os turistas de várias nacionalidades que visitam a região, e por isso, “sempre tivemos o cuidado, desde o início, de querer marcar a identidade da região, então apresentamos vinhos brancos secos, o rosé que até lhe chamam ‘todo o terreno’, visto ser um rosé que sendo meio seco, é muito gastronómico e acaba por casar bem até com os pratos mais elaborados”.
A qualidade dos vinhos passa não só pela viticultura e pela parte comercial, mas também, pela dedicação de enólogos qualificados e com a grande experiência da Enóloga Joana Maçanita.
O futuro da Quinta da Malaca aparenta ser promissor. Já decorrem projetos para a construção da própria adega nas instalações, algo que vai fortificar o enoturismo na quinta que começa a dar os primeiros passos, “já temos algo minimamente preparado, ainda não realizamos, mas já começamos a dar algumas provas e abraçar então o início”, comenta Luís Cabrita.
Contando com aproximadamente 30 Hectares de vinha plantada, um dos principais objetivos da Malaca passa agora pela exportação dos vinhos e pelos grandes mercados portugueses. Para além disso, um dos principais focos é aumentar a área de produção tornando-a mais rentável, mas nunca abdicando da qualidade do produto.