Intervenção, resistência e memória coletiva são as palavras que marcam o arranque do mês da Revolução dos Cravos, em Lisboa. Para celebrar meio século de democracia, são esperadas várias iniciativas em diversos espaços da cidade.
Exposições, conversas, livros, debates, teatro e cinema são alguns dos elementos-chave que pretendem enaltecer este marco histórico. O Cinema São Jorge é o primeiro palco do mês das Festas de Abril, acolhendo a partir de hoje, dia 3 de abril, o Festival Política. Durante três dias haverá espaço para diversas expressões artísticas, mas também para debates e conversas, num encontro de artistas, jovens, criadores, ativistas e académicos dedicado este ano ao tema da Intervenção.
Nos dias 3, 4, 6 e 7 de abril a dança ‘invadirá’ o Teatro do Bairro Alto com Utopia, uma performance da bailarina e coreógrafa Diana Niepce, que explora e homenageia o corpo entre a transgressão e a opressão dos limites físicos.
A partir de 4 de abril, a exposição “25 de Abril, SEMPRE!” estará no Museu do Aljube para assinalar os 50 anos desta efeméride e para propor uma reflexão sobre as resistências e também sobre preservação, construção e partilha de memória democrática, proveniente de materiais de arquivo diversos.
Os mais novos também têm direito a participar nestas Festas de Abril, uma vez que serão apresentadas cinco histórias para puxar pela imaginação, numa sessão do Festival Play (dias 6 e 7, às 16h30), e existirá uma emissão de rádio, sob o mote “Sintonizar Abril com as antenas no ar”, num desafio lançado todos os sábados do mês, às 10h30.
Até ao dia 26 de maio há para ver no Mercado do Forno do Tijolo, em Arroios, a exposição “10 dias que abalaram Portugal”, do Arquivo EPHEMERA. Esta é uma iniciativa integrada nas Comemorações Municipais e Nacionais dos 50 anos do 25 de Abril que testemunha o início da democracia após a Revolução.
Pode consultar o programa completo das Festas de Abril aqui.