A “Rede Nacional de Municípios Amigos da Juventude” é uma iniciativa que pretende envolver os jovens na discussão, definição, realização e avaliação das políticas de juventude, alterando o paradigma de simples usufruidores destas políticas, para cidadãs e cidadãos ativos e participativos. As autarquias que integram esta Rede possuem o “Selo de Município Amigo da Juventude”, que lhes atesta o reconhecimento de qualidade.
A “Rede Nacional de Municípios Amigos da Juventude” é uma plataforma de contacto e, consequentemente, de compromisso do movimento associativo juvenil e do poder local, promotora de uma maneira inovadora de abordar as questões da participação dos jovens, para a implementação de “reais políticas de juventude”.
Tratando-se de um projeto que advém da Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ), tem como principais objetivos a partilha de boas práticas, a criação de estratégias e a fomentação de colaborações entre organizações juvenis e municípios. Esta rede pioneira desempenha um papel fundamental na conceção, implementação e avaliação de políticas locais de juventude, sólidas e sustentáveis, alinhadas de forma coordenada com a estratégia da FNAJ, através de um Diálogo Jovem de Base Local, assente no Plano Nacional de Políticas Locais de Juventude. De acordo com Marco Santos, Presidente da FNAJ, “as Políticas de Juventude devem ser construídas num processo de co-criação, co-produção, co-gestão e co-execução entre o poder político e as organizações não governamentais, sendo fundamental estabelecer um equilíbrio que preserve a iniciativa jovem e as determinações dos agentes políticos, numa verdadeira coordenação intersectorial”.
O Diálogo Jovem de Base Local é considerado pela FNAJ como uma estratégia unificadora, que abrange metas de curto e longo prazo, representando um investimento substancial para impulsionar e fomentar a participação ativa dos jovens em Portugal, tanto no âmbito associativo como na promoção do seu envolvimento.
Atualmente, a FNAJ é uma estrutura que representa mil e duzentas organizações de juventude em Portugal e, sensivelmente, 500 mil jovens ativos/as. A plataforma pretende representar as associações juvenis perante os poderes públicos e políticos, fomentar o espírito associativo juvenil e incentivar a educação cívica e associativa. “É necessário assumir um novo compromisso nas políticas de juventude para a próxima década, tendo em conta as propostas e a voz dos e das jovens face ao que devem ser as prioridades para as políticas locais e nacionais de Juventude, tendo como parceiro privilegiado o associativismo jovem”, salienta Marco Santos.