A Financial Liberty é uma empresa especializada em crédito consolidado. Uma solução que junta todas as linhas de crédito em apenas uma. A IN esteve à conversa com Vanessa Oliveira, a CEO da empresa.
O crédito consolidado passa por juntar todos os créditos de um cliente, de forma a que o cliente passe a ter um único crédito, com uma única prestação num único dia do mês. Não é um produto apenas quem está sobre-endividado, mas também para clientes que querem apenas sistematizar e organizar as suas finanças – querem ter um dia para pagamento das suas prestações.
De salientar que ao contrário do que as pessoas pensam, quando recorrem ao crédito consolidado o que fica registado, no Banco de Portugal, não é que o crédito foi renegociado, mas sim que um crédito pessoal foi contraído.
Quando os clientes têm várias linhas de crédito, até podem ser valores pequenos, mas querem passar a ter uma organização das suas contas – um único dia de prestação – o crédito consolidado é a melhor opção. “Não é verdade que apenas quem está sobre-endividado é que consolida”, desmistifica Vanessa Oliveira.
Apesar disto, a alguns dos clientes apresenta um perfil sobre-endividado. Vanessa Oliveira explica que “poderá haver uma ou outra desvantagem em aderir ao crédito consolidado, nomeadamente podemos ter que alargar o prazo do crédito ou subir a taxa que já têm”. É uma forma de conseguir fazer face ao sobre-endividamento, mantendo um registo limpo no Banco de Portugal e passando sempre para uma situação globalmente mais vantajosa.
É dado a conhecer ao cliente que nesses casos é essencial não entrar em incumprimento. “Quando sentem alguma dificuldade em pagar, ou mais de 40 a 50 por cento dos valores que recebem mensalmente já se destinam a pagar crédito, venham até nós. Quando chegam em situação de incumprimento já é mais difícil conseguirmos ajudar”, conclui.
“A grande parte dos clientes chegam até nós numa situação complicada. Já não sabem como podem resolver a situação e têm dúvidas relativamente àquilo que assinaram contratualmente no que diz respeito a incumprimento e amortizações. A nossa empresa, além do crédito faz também o aconselhamento jurídico. Conseguimos dar aos clientes ajuda nesse sentido”, sublinha.
“As pessoas passam noites mal dormidas por questões financeiras”
“Em média 48 a 51 por cento dos nossos pensamentos dirigem-se a questões financeiras o que corresponde a uma fatia muito grande do bolo, tendo em conta que depois ainda temos de pensar na saúde, na família e nos relacionamentos pessoais e profissionais. Desta forma, o que nos resta para realmente nos dedicarmos ao nosso trabalho é muito pouco”.
Neste momento a Financial Liberty está a fazer, sem qualquer tipo de custo para as empresas e colaboradores, formação de literacia financeira e educação para o consumo em empresas. Apenas é necessário que a empresa conceda uma hora do tempo, de trabalho, dos seus funcionários. Na perspetiva de Vanessa Oliveira o benefício compensa o tempo dispensado.
“Se o empregado não tiver disponibilidade mental para o trabalho, por estar preocupado com a sua situação financeira vai perder produtividade, a empresa vai ter que contratar mais empregados o que significa mais custos com formações, por exemplo. É de sublinhar que as pessoas passam noites mal dormidas por questões financeiras. Aliás, a doença do século é a depressão e um dos fatores motivadores do suicídio são precisamente os problemas financeiros”, explica Vanessa Oliveira.
Apesar disso, Vanessa Oliveira considera que cada vez mais há uma preocupação com a literacia financeira dos portugueses. “Parece-me que o Banco de Portugal resolveu apostar na literacia financeira que não tem relação com as habilitações literárias de cada cidadão. Além disso, é importante salientar que os clientes não pagam nada para fazermos a análise. A análise é sempre gratuita porque o Banco de Portugal assim o regula”, explica.
“Além disso, o Banco de Portugal apostou também na legislação, a nós parece-nos muito bem que haja legislação para cumprir, à semelhança dos bancos. Acho que nos torna mais credíveis perante o público”, explica Vanessa Oliveira.
A Financial Liberty é regulada pelo Banco de Portugal, o que é importante salientar. A CEO aproveita para deixar uma dica que lhe permite aferir se uma empresa intermediária de crédito é credível. “Todas as empresas têm um nome comercial e a melhor forma de aferir se são credíveis é mesmo confrontar o nome comercial da empresa com o registo de autoridades autorizadas pelo Banco de Portugal. Além disso, se é cobrado algum valor antes de terem o crédito financiado, é porque não são empresas regulamentadas”, alerta.
A existência de muitas linhas de crédito significa que apesar de apesar de os clientes terem uma boa taxa de esforço e um bom disponível podem ter dificuldade em contrair novos créditos porque o banco pode considerar que o cliente tem um perfil consumista. “O valor até pode não ser avultado, mas são muitas linhas de crédito. Por exemplo, se abrirmos a carteira todos temos cartões de fidelização, que mais tarde de vieram a se converter em cartões de crédito”, explica Vanessa Oliveira.
A regulação deste setor por parte do Banco de Portugal foi anunciada em 2017. As empresas que abriram em 2018 já tinham que ter autorização do Banco de Portugal, como é o caso da Financial Liberty. As empresas que já existiam tiveram até ao final de 2018 para completarem a transição.
“Ainda existem lacunas a corrigir na legislação. É tudo novo para toda a gente, mas parece-me que está a correr bem e parece-me melhor para todos – para nós intermediários e também para o cliente”, resume Vanessa Oliveira. “Atinja a Sua Liberdade Financeira!”
A Financial Liberty nasceu em 2018, mas apesar da tenra idade da empresa, os membros da equipa já trabalhavam na área há muito tempo. A experiência tem um papel preponderante na área, tanto no plano técnico como na relação com o cliente que exige um tato sensível para compreender e comunicar com o cliente.
“Eu já trabalhava na área, passei por algumas instituições bancárias”, explica Vanessa Oliveira que adianta que “os restantes membros da equipa têm percursos semelhantes. A equipa inicial foi fácil de constituir – quando eu decidi avançar com este projeto disseram ‘acreditamos em ti, para onde fores vamos contigo’”.
O crescimento tem sido positivo, a equipa com agora seis elementos revela necessidade de um acréscimo ao número colaborador. “Precisamos de crescer enquanto equipa, como somos uma equipa muito coesa os novos colaboradores têm que compreender que as pessoas que nos contactam são mais que um número”, sublinha a CEO da Financial Liberty.
Alguns clientes que chegam até à Financial Liberty “têm dificuldade em expressar no imediato o que levou à sua condição – ninguém fala com facilidade da sua situação financeira e de porque é que ali chegou porque muitas vezes prende-se com questões emocionais e do foro pessoal.”
A depressão acontece por problemas financeiros, mas o contrário também é comum. “Temos clientes em situações de endividamento, provocados por oneomania, a doença do consumismo compulsivo. Infelizmente afeta muitos Portugueses e é de difícil diagnóstico”, sublinha Vanessa Oliveira.
“Desta forma não conseguimos ter aqui um profissional que seja muito bom analista, mas que não seja bom a trabalhar com pessoas, não tenha calma com o cliente, não consiga ouvir o cliente, que julgue o cliente”, conclui.
Na Financial Liberty procura-se um analista completo. A qualidade é particularmente importante porque o mesmo analista segue o cliente da primeira à última reunião. “Não julgamos, não somos juízes de acusação. Estamos aqui para ajudar o cliente do início ao fim do processo.
Tentamos trabalhar de uma forma diferente. Não telefonamos ao cliente, dizemos-lhe que não tem viabilidade e desligamos o telefone. Tentamos compreender o que se passa com o cliente e quais os motivos pelos quais não é viável. Se o impedimento de financiamento for uma situação ultrapassável a curto médio prazo, explicamos a situação e acompanhamos o cliente de perto até esta estar resolvida”, detalha Vanessa Oliveira.
Atualmente, a empresa conta com seis elementos, mas deviam ser pelo menos 11. “Estamos com um défice de funcionários muito grande”, sublinha Vanessa Oliveira acrescentando que as vagas estão abertas para quem tenha formação superior na área da economia ou finanças, experiência de trabalho na banca e sobretudo se reveja no projeto. “Vamos ajudar as pessoas, ganhar dinheiro e ser felizes a fazer o que gostamos”, convida.
Atualmente, a Financial Liberty situa-se em Telheiras, perto do metro, com estacionamento gratuito e de fácil acessibilidade. O futuro passa por uma relocalização rodeada de outros escritórios na mesma zona e com as mesmas acessibilidades. “Gostamos da zona em que estamos e vamos continuar em Telheiras, mas precisamos de mais espaço daí a relocalização. Vamos continuar a fazer com que ATINJA A SUA LIBERDADE FINANCEIRA”, conclui.