Nasceu em 2015 e é especializada em produção de imagens 3D de qualidade fotográfica e fotografia de arquitetura. A Inlighted foi criada por Gonçalo Soares, que trocou a arquitetura por uma área ainda mais criativa.
Quando a Inlighted surgiu, Portugal estava ainda a sair da crise económica, numa altura em que estavam a chegar novas ideias, novos investidores e formas diferentes de ver Lisboa, o mercado imobiliário, a arquitetura, o viver a cidade e, acima de tudo, outro nível de exigência. Foi semelhante o que Gonçalo Soares percebeu enquanto estagiava num gabinete de arquitetura na Quinta da Beloura, quando estudava na Universidade Lusíada de Lisboa e tinha dois empregos a part-time.
Hoje, aos 38 anos, e contando com 12 anos de experiência, Gonçalo lidera um negócio que “todos os anos tem vindo a crescer entre 10 a 30 por cento. O ano passado foi o melhor ano da empresa até agora. No entanto, penso superar isso este ano, mas depende muito do tipo de projetos”, contou à IN Corporate Magazine durante uma entrevista no seu atelier, junto ao Marquês de Pombal.
Segundo revelou, ‘o clique’ deu-se no tal estágio: “em 2002 existiam centenas de alunos a frequentar arquitetura e a componente artística estava a perder-se. Grande parte dos futuros arquitetos iriam estar 12 horas por dia à frente de um computador a desempenharem funções de ‘desenhadores técnicos’ e com remunerações abaixo do expectável”. Na altura, poucos faziam 3D e Gonçalo Soares começou a evoluir ao ponto de fazer uma formação e ser logo recrutado por uma das maiores empresas nacionais.
“Era das coisas que mais gostava de fazer, lidava diretamente com o cliente, tinha a componente artística e estava dentro da área de arquitetura. Entretanto veio a crise e pensei, vou fazer as coisas por mim próprio. Comecei como freelancer e numa estrutura de ‘one man show’. Após um par de anos, vários investidores estrangeiros em Lisboa começaram a trabalhar comigo e senti a necessidade de ter uma estrutura maior, de forma a dar respostas cada vez mais objetivas”, criando assim a Inlighted.
Hoje, com uma equipa fixa de três colaboradores, além do diretor, a empresa tem atraído a atenção de todo o país e até lá fora, ainda que não a considere internacional. “Foi com surpresa que fomos nomeados para o 2019 Small Business Awards por uma revista de Inglaterra. Tenho a impressão que os nossos trabalhos lá fora têm muita visibilidade, porque trabalhamos com projetos em zonas premium (Vilamoura, Cascais, Comporta) que atualmente têm uma forte presença internacional. Em Lisboa trabalhamos há vários anos com uma das maiores empresas de investimento que é a Reformosa e tem clientes de todo o mundo. Também temos uma forte presença no Norte do país, onde contamos com clientes como a APEL de Ginestal Machado e temos investidores dos EUA, China, Israel, Brasil, Inglaterra e França”.
Mas não é só isso que faz o cliente contactar e voltar a trabalhar com a Inlighted. “A relação com o cliente é muito boa e próxima, esse contar connosco tem a ver com qualidade, adaptação, tolerância e, acima de tudo, cumprimento de prazos”, resumiu.
“A qualidade das imagens deve-se a vários fatores como o projeto de arquitetura e o constante investimento tecnológico e pessoal, de maneira a oferecer ao cliente um produto e serviço de qualidade muito elevada. Não existe uma receita mágica, tens de investir” lembrou o responsável.
Esta personalização é sobretudo notória no acompanhamento constante às alterações por parte do cliente, mesmo as de última hora. Resultado? “Os clientes sabem que queremos o sucesso deles e isso depende do nosso saber fazer. Em paralelo, estou com um novo projeto profissional que pretendo lançar ainda durante este ano, que nada tem a ver com 3D. Em relação à Inlighted, continuo a prever que serão anos bastante bons”. Nada que um Gonçalo, que aos 15 anos lavava carros, estava longe de imaginar.