Atualidade Ciência e Tecnologia Notícias

Agência dos EUA desenvolve um cérebro artificial secreto que tudo vê

Uma agência de inteligência americana tem vindo desenvolver um sistema secreto de inteligência artificial (IA) – cérebro artificial. O projeto é altamente secreto e pode vir a tornar-se na próxima grande arma de espionagem dos americanos. Trata-se de um cérebro artificial que “tudo vê”, batizado como Sentient (do português senciente, significa aquele que sente, que tem sensações ou impressões).

National Reconnaissance Office (NRO) é uma agência de inteligência dos Estados Unidos que guarda muitos segredos. O jornal TheVerge apresentou uma solicitação à agência pedindo mais informações sobre o misterioso projeto chamado “Sentient” e conseguiu colocar nas suas mãos uma grande quantidade de documentos sobre o programa outrora secreto.

Embora o projeto se mantenha confidencial, os documentos revelam como a NRO vem desenvolvendo um sistema de inteligência artificial capaz de unir vastas áreas de informações com dados de satélite para aprender, sobretudo, comportamentos sociais e estudar zonas de guerra e objetos aéreos inimigos. Ainda assim, os documentos não deixam claro quais tipos de dados o Sentient pode operar, visto que as opções são muitos amplas. “Poderia incluir interceção eletrónica de comunicações internacionais; pode incluir imagens anteriores; poderia incluir fontes humanas”, afirmou Steven Aftergood, pesquisador da Federação de Cientistas Americanos.

Ainda em desenvolvimento, o programa continua altamente confidencial, pelo que informações mais detalhadas ainda escasseiam.
A apresentação do cérebro inteligente no Space Symposium de Colorado Springs suscitou imediatamente a curiosidade de todos os presentes. De acordo com o The Verge, o Sentient é uma ferramenta de análise omnívora, capaz de devorar todo o tipo de dados, trazendo sentido ao passado e ao presente, e antecipando o futuro.
No entanto, apesar da capacidade do Satient, O NRO declarou que as pessoas não precisam se preocupar com a vigilância doméstica, já que os cientistas da agência seguem estritamente o código que descreve as informações que as autoridades podem legalmente ter sobre as pessoas nos Estados Unidos.