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Bloco quer fim aos exames do nono ano

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Em fevereiro deste ano, o Bloco de Esquerda (BE) apresentou uma proposta para pôr fim aos exames do nono ano. O partido irá apresentar novamente a proposta nesta legislatura.

Joana Mortágua, deputada do BE, realçou que o Conselho Nacional de Educação considera que a organização dos ciclos de estudo é um “problema estrutural” que pesa no insucesso escolar. Mortágua afirmou ainda que “os programas, as metas e os currículos de Nuno Crato também são factores de insucesso escolar, assim como a cultura de retenção, o excessivo peso dos exames nacionais e a ligação entre a conclusão do ensino secundário e o acesso ao ensino superior”, pode ler-se no Esquerda.net.

“Em nome da continuidade pedagógica que o CDS aqui traz à discussão, o Bloco de Esquerda vai apresentar um projeto para acabar com exames do nono  ano, que neste momento é um anacronismo nesta segmentação que não deve existir entre ciclos de ensino e que impede essa continuidade pedagógica”, acrescentou.

O anúncio foi feito durante o debate dos dois projectos de resolução do CDS e do PCP que recomendam ao Governo que estude a reorganização dos diversos ciclos de ensino, desde o básico ao secundário, em nome da “continuidade pedagógica”. Segundo o Público, o PS alegou que a discussão é extemporânea e que o assunto nem sequer está no programa de Governo.

Que exames são estes?

Embora obrigatórios, os exames realizados no final do terceiro ciclo não têm implicação direta no percurso dos estudantes e correspondem apenas a uma prova de aferir a nível nacional disparidades no ensino.

Este ano os resultados na prova de Português foram positivos, com cerca de 77% dos alunos a obter uma classificação igual ou superior a 50%. Já a Matemática, a percentagem de alunos reprovados passou dos 33 para os 29% – uma descida de quatro pontos percentuais.

Mas ainda assim acabou por se abster na votação dos dois diplomas. Porém, apenas o do CDS foi aprovado. A proposta bloquista de pôr fim aos exames do nono ano vai ser novamente apresentada durante esta legislatura, mas o partido espera um resultado diferente.