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“A arquitetura vai influenciar a vida de quem nela habita e utiliza”

Natural de Portimão, concelho onde sempre viveu, Jorge Costa Reis é um dos jovens arquitetos a dar cartas no Algarve, numa altura em que não existem mãos a medir, na arquitetura e construção no sul de Portugal. Jorge Costa Reis é um apologista da utilização dos métodos de construção tradicionais e das tendências contemporâneas que definem a arquitetura do séc. XXI.

Antes de se formar em arquitetura, Jorge Costa Reis iniciou um percurso na área de design de comunicação, até concluir que esse não era o seu destino. Transferiu-se da Universidade do Algarve em Faro, para o ISMAT em Portimão, onde se formou em arquitetura, no ano de 2006. Após o curso, seguiu-se o estágio curricular e o profissional, com entrada na Ordem dos Arquitetos. O primeiro atelier onde começou a destacar o seu trabalho foi precisamente onde estagiou, na Guia.

“Depois do atelier na Guia ainda trabalhei num gabinete em Lagoa, onde projetavamos essencialmente para o segmento de luxo, sem um único cliente português. Paralelamente já tinha projetos por conta própria e em 2014 fui contactado por outro arquiteto para o ajudar em alguns projetos, face ao grande pico de trabalho do seu gabinete. Estamos em 2019 e o volume de trabalho quase triplicou, o que nos obriga inclusivamente a ser seletivos nos projetos que desenvolvemos”, contextualiza o arquiteto.

“Compatibilizo a o meu traço com a ideia do cliente”

Com trabalho por todo o Algarve, “onde houver uma oportunidade para desenvolver um projeto, eu estou disponível”, garante Jorge Costa Reis, que define a sua arquitetura como pósmoderna, com um toque da contemporaneidade atual. Para o arquiteto de Portimão, o betão “ainda é o melhor amigo do homem”, uma vez que tem uma resistência e uma durabilidade comprovada, ao contrário dos novos métodos construtivos que começam a aparecer no mercado nacional.

No que respeita à metodologia de trabalho e conceito estético, o arquiteto procura transmitir a sua essência enquanto artista e enquanto pessoa. “Gosto de tentar fazer com que o edifício represente quem eu sou, aquilo que aprendi e aquilo que pretendo mostrar. No entanto sou flexível às exigências do cliente e a tudo o que ele pretende introduzir na sua casa. De certa forma, compatibilizo o meu traço com a ideia do cliente”.

Para o arquiteto é fundamental a arquitetura não só ir de encontro à necessidade do cliente, como também deve ser adaptada ao local onde esta se irá manifestar. “Um projeto de arquitetura e construção vai influenciar a vida de quem nela habita e também a de quem passa, o que obriga a que a envolvência nunca seja esquecida”, conclui.