A “Tecnilouro – Engenharia e Construção”, constituída em 2006, é detentora de uma vasta experiência no ramo da construção. A pôr em prática serviços que vão desde a construção de raiz, até à manutenção e reabilitação de edifícios, esta empresa familiar, com sede no Porto, prima pelo profissionalismo de uma equipa responsável e especializada.
Berta Queirós e Manuel Queirós são quem dá a cara pela Tecnilouro – Engenharia e Construção. Nascidos e criado no Marco de Canaveses, embora em aldeias distintas, o casal desdobra-se nas suas funções na empresa. Berta Queirós, licenciada em gestão de empresas e técnica superior de segurança no trabalho, passa boa parte dos dias no escritório, encarregue das vertentes administrativa e financeira da empresa. Porém, não esconde o gosto que lhe dá ir ao terreno. “Eu gosto de acompanhar as obras e quando são grandes, como é o caso das do Intermarché e respetivos postos de combustível, em que existem fiscalizações e reuniões semanais, eu faço questão de ir, porque gosto”, justifica.
Por sua vez, Manuel Queirós gere tudo o que tem que ver com as obras, desde o contacto com os fornecedores, para fazer as encomendas, até à orientação das equipas de colaboradores. “Depois temos os chefes de equipa e encarregados, em quem nós confiamos, que estão à frente das obras, mas é sempre tudo supervisionado, diariamente, pelo meu marido”, completa a administradora.
Inicialmente, a empresa, que só se dedicava à zona do Porto e arredores, previa uma atividade mais direcionada para serviços de manutenção e limpeza de edifícios, o que fez com que adotasse o nome “Tecnilouro – Manutenção Técnica de Edifícios”. No entanto, posteriormente, alargaram o perímetro de atuação e, nos dias de hoje, operam de norte a sul do país. Com o intuito de acompanharem e de se adequarem às necessidades do mercado, começaram, igualmente, a direcionar a atividade para outro tipo de serviços, como a construção de raiz, o que fez com que tivessem alterado o pacto social e a própria designação, para a conhecida atualmente.
“Basicamente, a empresa começou do zero, com poucos recursos e, entretanto, foram surgindo novas oportunidades e projetos interessantes. Nós fomos sempre arriscando, mas, acima de tudo, com muita cautela e ponderação”, o que fez com que “começássemos a crescer de uma forma sustentada e, felizmente, hoje estamos bem classificados”, afirma Berta Queirós.
Também o facto de fazerem tudo o que esteja direta ou indiretamente ligado à construção civil, como é o caso de remodelações, canalizações, pinturas, pladur, serralharias e vidraçarias, permite-lhes serem bastante solicitados, ao ponto de terem de recusar serviços por não terem mão de obra suficiente para responderem ao solicitado.
Estamos perante uma empresa que se rege pelos valores do compromisso, da honestidade, da qualidade, da lealdade e do rigor. “Somos muito profissionais, nunca falhámos, até hoje, nenhuma data com os clientes. Quando temos projetos mais arrojados, em que é preciso fazer esforços ainda maiores em questões de tempo, temos que nos desdobrar e, às vezes, andar aqui com a cabeça às voltas para vermos como vamos fazer, mas a obra chega ao dia estipulado e fica pronta”, assegura.
É por isto mesmo que a empresa tem vindo a ser premiada pelo IAPMEI, desde 2020. “Não tinha, sequer, feito o pedido anterior, se calhar, se tivesse feito, em 2019 já tínhamos conseguido”. Começaram, então, em 2020, com o PME líder’20 e com o PME excelência’20. No ano seguinte receberam, novamente, os dois distintivos e ainda a medalha de mais crescimento. Finalmente, no ano passado, alcançaram o PME líder’22.
Para a empresa “foi um motivo de ainda maior satisfação e orgulho. Somos humildes e, no fundo, é um prestígio para nós. É o reconhecimento de muitos anos de luta, de trabalho, de dedicação e sempre com a finalidade de fazer bem, satisfazer o cliente”. Aliás, é a proximidade com o cliente e o abraçarem projetos mais arrojados e até mais arriscados que vão aguçando o gosto dos proprietários. “Quer eu, quer o meu marido gostamos disto, do acompanhar, do nascer de uma obra, de falar com os colaboradores, basicamente, de estar sempre em cima do acontecimento”. A promessa de continuarem a trabalhar nesta vertente “com dedicação e com know-how” fica feita.
Em relação a investimentos, têm adquirido equipamentos mais atuais e mais modernos, com as capacidades necessárias para facilitar o trabalho dos colaboradores, “que também são uma parte importante na empresa, além de que têm de andar motivados e satisfeitos”, sublinha Berta Queirós, que assume não ser fácil gerir uma empresa deste calibre, por todas as adversidades que têm marcado a caminhada. Para além dos clientes, os fornecedores foram “uma peça fundamental” na altura em que passaram por dificuldades. “Estiveram connosco e não nos viraram a cara”, enfatiza.
Hoje em dia, ainda se deparam com alguns entraves, nomeadamente, no que diz respeito a licenciamentos. Na opinião de Berta Queirós, há excessivas burocracias e os tramites processuais são ainda “muito demorosos”, a nível autárquico, para licenciarem obras no geral.
Se há uns anos recorrer ao crédito não era muito fácil, nos dias que correm, Berta Queirós diz que não se pode queixar, e que encontra na proximidade com a banca e nos resultados contabilísticos, uma justificação para receber estes apoios financeiros. “Nós temos, por exemplo, recurso ao crédito em viaturas, também não podemos dispor de capitais para adquirir, porque temos sempre de obter novas, já que, com o passar dos anos, começam a ficar com muitos quilómetros e o investimento que se faz em oficinas não compensa. Então, precisamos de renovar a frota, até mesmo para os colaboradores irem para longe precisam de conforto”.
No que diz respeito aos funcionários, os proprietários reconhecem-lhes o esforço para alcançarem o sucesso e retribuem-lhes com regalias, para além de lhes pagarem prémios quando consideram merecido.
Em jeito de apoio à economia e às empresas, acha “que era importante o governo pensar num mecanismo de incentivo às pessoas para irem trabalhar”, bem como “as empresas terem apoios e incentivos para captar recursos humanos, porque existe muita oferta de trabalho, mas não existe mão de obra”.
O desejo da administradora para 2023 é que seja um ano de “muito trabalho”. Na verdade, contam já com alguns compromissos, como é o caso de obras adjudicadas. “Tenho a certeza que vai ser um ano muito bom”.
A longo prazo, Berta Queirós assume a vontade de continuar a trabalhar com o grupo comercial “Os Mosqueteiros”, detentor dos supermercados e postos de combustível Intermarché, construídos pela Tecnilouro. Pretende, ainda, manter a essência e a dedicação que caraterizam a empresa. “O mais importante é nunca dar um passo maior que a perna”.