Atualidade Notícias

Festival de Almada volta a primar pela diversidade

"Calvário" | Fotografia disponibilizada pela organização

A 40ª edição do Festival de Almada é celebrada com alguns dos mais conceituados criadores e companhias nacionais e internacionais. De 4 a 18 de julho, 20 espetáculos de teatro, dança e novo circo (oito portugueses e doze estrangeiros) serão apresentados em nove palcos de Almada e Lisboa.

A edição de 2023 do Festival de Almada conta com uma programação rica em criações dirigidas por alguns encenadores que já marcaram presença neste evento. É o caso do alemão Peter Stein e do inglês Declan Donnellan, que abordam dois textos substanciais da dramaturgia universal. Também de regresso está a Schaubühne de Berlim, desta vez com uma encenação do suíço Milo Rau, enquanto a Batsheva Dance Company, pela primeira vez no Festival, apresenta uma peça do seu coreógrafo residente: o israelita Ohad Naharin. Do mesmo modo, a estrear-se aqui estão os coreógrafos Martin Zimmermann e Yoann Bourgeois, da Suíça e de França, respetivamente, assim como o coletivo francês Galactik Ensemble.

Entre as criações portuguesas, focadas na dramaturgia nacional contemporânea, contam-se duas estreias. A Companhia de Teatro de Almada leva à cena Calvário, com texto e encenação de Rodrigo Francisco e o Teatro GRIOT, em coprodução com os Artistas Unidos, apresenta uma adaptação de Ventos do Apocalipse, de Noé João, a partir do romance da escritora moçambicana Paulina Chiziane. Para além destes inéditos, são esperadas peças do Teatro Nacional São João, do Teatro do Vestido, da Formiga Atómica e de Rui M. Silva. O Teatro Experimental de Cascais também apresenta o Espetáculo de Honra 2023, elegido pelo público na edição anterior para regressar este ano.

O Festival de Almada recebe ainda peças de criadores com raízes fora da Europa, como por exemplo da encenadora e atriz libanesa Hanane Hajj Ali e do ator e encenador francês, de origem argelina, Abdelwaheb Sefsaf. Companhias como as dos catalães Els Joglars e dos belgas Raoul Collectif, bem como o criador galego Pablo Fidalgo, são também já conhecidos do público do evento e regressam com novas criações.

Nesta que é a 40.ª edição, o Festival de Almada presta homenagem a João Mota, ator, encenador e fundador da Comuna – Teatro de Pesquisa. O professor universitário italiano Franco Laera dirigirá a 10.ª edição do curso de formação “O sentido dos Mestres”, dedicado este ano à atividade de produção em teatro. O artista plástico Noé Sendas é o autor do cartaz do Festival.

Para além das conversas com alguns dos criadores presentes, o Festival organiza um Encontro da Cerca voltado para o tema “A Inteligência Artificial e a Criação Artística”. Todos os dias, antes dos espetáculos da noite, haverá, na Esplanada da Escola D. António da Costa, concertos de músicas do mundo, com entrada livre.

Segundo a organização, as assinaturas que dão acesso a todos os espetáculos podem ser adquiridas em ctalmada.pt, no Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB) e nas lojas FNAC, tendo um valor de 85€ (68€ para o Clube de Amigos do TMJB).