Há cerca de um ano, Bárbara Campos decidiu mudar de profissão e enveredar pelo ramo da beleza. Dentro da área, formou-se em micropigmentação labial e, mais recentemente, iniciou uma formação em micropigmentação paramédica para ajudar, sem fins lucrativos, inúmeras pessoas, vítimas de cancro, a melhorarem a autoestima.
Apesar de se ter formado em terapia da fala e de ter feito um mestrado em saúde pública, Bárbara Campos não se sentia completamente realizada profissionalmente. A pausa para a maternidade foi perfeita para abraçar novos desafios na área da beleza, que sempre achou fascinante. A micropigmentação labial atraiu a sua atenção de imediato, estando a exercer a profissão há sensivelmente um ano.
Para além de fazer outros trabalhos de estética, no que diz respeito a sobrancelhas e pestanas, a grande especialidade de Bárbara Campos, que tem o seu gabinete em Aveiro, é a micropigmentação labial. Esta técnica consiste em implantar um pigmento numa camada específica e superficial da pele, neste caso dos lábios, com o intuito de dar mais cor, corrigir assimetrias, ou neutralizar lábios escuros.
A manutenção pode ir, no mínimo, de ano e meio ou dois até três ou quatro anos, dependendo da intensidade da cor que é colocada numa fase inicial. Relativamente aos resultados, esta técnica permite que a pessoa fique como se estivesse “todo o dia com o lábio pintado ou apenas corado e com aspeto mais saudável”, o que eleva a autoestima das mulheres, e faz com que fiquem “super satisfeitas” com o processo pois, para Bárbara Campos, “a prioridade é fazer arte com naturalidade”.
A importância da micropigmentação paramédica
A micropigmentação paramédica de areolas tem como principal objetivo ajudar pessoas que, devido ao cancro, perderam a mama. “É após a reconstrução da mama que o micropigmentador assume um papel fundamental no processo de recuperação. O meu objetivo é ajudar a encerrar um capítulo, é devolver a imagem que em tempos tiveram do seu corpo.” O procedimento, indolor, é feito habitualmente em duas sessões e é, regra geral, definitivo, embora em alguns casos possam ser feitas manutenções alguns anos mais tarde.
Com uma extensa lista de espera para estes procedimentos, Bárbara Campos, ao formar-se na área, pretende fazer face a esta lacuna, sem qualquer tipo de fins lucrativos e ajudar o maior número possível de homens e mulheres a sentirem-se confiantes com o próprio corpo. Sendo que “a pessoa terá sempre toda a sua privacidade, nunca será identificada”.