São cada vez mais as empresas portuguesas do setor do têxtil que estão a recrutar trabalhadores na Ásia, dada a falta de mão-de-obra em Portugal. Esse problema aliado aos aumentos salariais também está a levar algumas confeções para Marrocos.
São cerca de seis mil as empresas portuguesas ativas no setor da indústria têxtil, empregando 138 mil trabalhadores diretos, segundo dados do Jornal de Negócios.
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Grande parte destas empresas de média e grande dimensão estão a recrutar trabalhadores no estrangeiro, especialmente em países da Ásia, como Nepal, Índia, Paquistão e Bangladesh, para desempenharem funções de costureiros, operadores de máquinas e outras tarefas nas áreas da tinturaria e dos acabamentos.
Estes dados são confirmados ao jornal de Negócios pelo presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Mário Jorge Machado, que lamenta a falta de falta de mão-de-obra em Portugal.
“A solução ideal era haver mais portugueses que quisessem trabalhar. Não havendo, é trazermos pessoas do estrangeiro”, refere Mário Jorge Machado no jornal, lamentando “o demorado e difícil processo de legalização” dos trabalhadores vindos de fora.
Outra realidade que se está a verificar no sector têxtil é a deslocação de várias confeções para Marrocos. Além da falta de mão-de-obra, os aumentos salariais em Portugal também motivam esta “fuga” para o Norte de África, sendo que o presidente da ATP prevê que, neste ano, as exportações do sector continuarão a crescer pelo décimo primeiro ano consecutivo.