A partir de 1 de abril e por tempo ainda indeterminado, a conhecida livraria do Porto leva a cabo uma iniciativa que visa pôr todos a ler, mesmo em isolamento. Como? Através de um ‘drive thru’ e oferecendo livros aos leitores.
É um dois-em-um. Apesar de estar com a atividade comercial suspensa, uma das livrarias mais bonitas do mundo continua a funcionar, para bem da cultura e sanidade mental de muitos leitores em isolamento.
A Livraria Lello vai oferecer livros aos condutores que se dirigirem às suas instalações, no Porto. Trata-se do “primeiro ‘drive thru’ livreiro no mundo”, segundo os próprios, ou não fosse uma ideia e iniciativa deles.
Assim, a partir de 1 de abril e por tempo ainda indeterminado, este ‘drive thru’ funcionará de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 12h00. Será oferecida uma obra da “The Collection”, coleção editada pela livraria, sendo que a primeira é a “Mensagem”, de Fernando Pessoa.
Na quinta-feira, dia 2, como é o Dia Internacional do Livro Infantil, será oferecido um exemplar de “Na Livraria Mais Bonita do Mundo”. Na sexta, dia 3, é a vez de “O Livro da Selva”, “essa história mágica sobre um menino que cresceu no meio de uma matilha de lobos, e que apesar de não ser a sua família de sangue, a defendeu como se fosse. Uma outra analogia para este sentido de comunidade que todos hoje vivemos”, conforme frisou a livraria.
As obras que se seguem serão escolhidas e anunciadas antecipadamente nas redes sociais.
Os interessados devem inscrever-se no dia anterior até às 18h00, por email (info@livrarialello.pt), fornecendo os seus dados pessoais (nome, morada, email e contacto telefónico).
A entrega será feita no ‘drive thru’ “por um colaborador da Livraria Lello, que cumprirá todas as normas de segurança e higiene, e entregará os livros diretamente na janela dos carros dos leitores”.
O objetivo é cumprir assim a missão de “pôr o mundo inteiro a ler sempre que haja mundo, leitores e o que ler”.
A iniciativa surge depois de a ministra da Cultura, Graça Fonseca, ter afirmado que não existia nada que impedisse que as livrarias continuassem a funcionar durante o estado de emergência desde que vendessem os livros “à porta” ou “no postigo”, como acontece com outros serviços, considerando que os livros também são um bem de primeira necessidade.
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