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Portugueses salvam turismo, diz INE

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Turistas nacionais ajudaram a compensar as quebras sentidas devido à pandemia. No entanto, números caíram mais de 80% em relação a 2019.

Os resultados foram publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que tentou perceber o impacto da pandemia COVID-19 no turismo em Portugal. Graças aos portugueses, que fizeram turismo no próprio país, a queda no setor não foi tão grande. No entanto, houve uma diminuição de hóspedes e dormidas superiores a 80%, em relação a 2019.

O turismo interno permitiu, assim, uma queda da atividade turística “menos intensa” em junho face a maio, tendo os hóspedes diminuído 82,0% em termos homólogos e as dormidas recuado 85,2%, divulgou o INE a 14 de agosto.

Em junho, o número de hóspedes ficou nos 493,5 mil, enquanto as dormidas foram 1,1 milhões. As dormidas de residentes caíram 59,7% face ao mesmo mês de 2019 (-86,6% em maio), ainda assim muito abaixo da quebra de 96,2% das dormidas de não residentes (-98,8% em maio), referiu o Instituto Nacional de Estatística.

Igualmente em junho, os proveitos totais registaram uma variação negativa de 88,5% (-97,5% em maio), fixando-se em 53,4 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento [valores cobrados pelas dormidas realizadas por todos os hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros] atingiram 42 milhões de euros, diminuindo 88,2% (-97,1% no mês anterior).

Quanto aos 62,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico que responderam àquele inquérito (representando 79,0% da capacidade de oferta) assinalaram cancelamento de reservas agendadas para os meses de junho a outubro de 2020 devido à pandemia. A maioria dos estabelecimentos que planeava estar em atividade nos meses de junho a outubro previa taxas de ocupação inferiores a 50% em cada um desses meses.

A maioria dos estabelecimentos (56,8%) indicou não prever alterar os preços face ao ano anterior. No entanto, cerca de um terço (35,3%) admitiu reduzir os preços, encontrando-se maioritariamente localizados na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve (58,4% e 55,8% dos estabelecimentos localizados em cada região, respetivamente).