A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico diz que é apenas uma estimativa provisória, mas que o Produto Interno Bruto dos países que a compõem caiu 9,8% no segundo trimestre.
Nem em 2009, no pico da crise financeira, os números eram tão maus. O Produto Interno Bruto (PIB) dos países da OCDE caiu de forma histórica 9,8% no segundo trimestre deste ano, consequência da pandemia e muito acima da queda de 2,3% registada no primeiro trimestre de 2009.
Embora seja apenas uma estimativa provisória, trata-se da “maior queda de sempre”, segundo refere a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em comunicado, divulgado pela agência ‘Lusa’.
De janeiro a março, o PIB da OCDE caiu 1,8% face ao trimestre anterior, quando subiu 0,2%.
Na zona euro e União Europeia, o PIB caiu 12,1% e 11,7%, respetivamente, valores que comparam com as quedas de 3,6% e 3,2% no trimestre anterior.
O retrocesso no segundo trimestre foi especialmente pronunciado nas sete principais economias do mundo (G7): no Reino Unido desceu 20,4% e em França, um dos países que aplicou medidas de confinamento mais restritivas, 13,8%.
O PIB do restante G7 também se situou em baixa, com descidas de 12,4% em Itália, 12% no Canadá, 9,7% na Alemanha, 9,5% nos EUA e 7,8% no Japão, país onde as medidas para combater a epidemia da covid-19 foram menos duras do que na Europa ou América do Norte.
No primeiro trimestre, as quedas tinham rondado os 5% em França (-5,9 %) e Itália (-5,4 %), os 2% no Reino Unido (-2,2 %), Alemanha (-2%) e Canadá (-2,1 %) e tinham sido contidas nos Estados Unidos (-1,3 %) e Japão (-0,6 %).