Área Metropolitana de Lisboa teve a maioria do investimento. Cascais foi o município que gastou mais nos últimos seis meses: 14% do total.
Desde março, mês em que se registaram os primeiros casos da COVID-19 em Portugal, as câmaras municipais do país desembolsaram 31 milhões de euros na resposta à pandemia.
O número foi avançado pelo ‘Diário de Notícias’ (‘DN’), que consultou 358 contratos públicos celebrados pelas autarquias portuguesas em que consta a palavra COVID-19 na designação e que estão disponíveis na plataforma Portal Base.
As autarquias de Cascais, Oeiras, Lisboa, Vila Nova de Gaia e do Porto foram as que mais dinheiro gastaram nos últimos seis meses, com a maioria do investimento a concentrar-se na Área Metropolitana de Lisboa: 18 426 686 milhões de euros.
Cascais foi o município que gastou mais: 4 353 539,13 milhões de euros, 14% do total. Segue-se o município de Oeiras, que gastou 3 280 852,39 milhões euros, Lisboa com 3 341 083,6 milhões gastos, Vila Nova de Gaia com 1 671 058 e o Porto com 1 326 947.
No total foram 30 601 097 de euros despendidos pelas câmaras, desde o primeiro dia do mês de março até 30 de agosto, com as mais variadas justificações.
De acordo com a análise do ‘DN’, a maioria dos investimentos está ligada diretamente à área da saúde — compra de equipamentos de proteção individual e para hospitais, testes à COVID-19 e contratação de serviços de limpeza e desinfeção — especialmente nos primeiros meses da pandemia.
Destaque ainda para a área social, educativa, vigilância e divulgação das medidas de prevenção sanitárias contra o novo coronavírus. O ‘DN’ destaca, por exemplo, que houve também preocupação das câmaras, nos primeiros meses da pandemia, em adquirir computadores e serviços de internet móvel não só porque muitas pessoas tiveram de ficar em teletrabalho, mas também como forma de diminuir as desigualdades no ensino, através da doação ou do empréstimo de equipamentos informáticos aos alunos que passaram a ter aulas à distância.
Outra preocupação das autarquias foi aumentar a capacidade de vigilância das autoridades locais a fiscalizar o cumprimento das normas sanitárias.
Em Cascais, foi comprado um drone, no valor de 58 825 euros, para ajudar a Proteção Civil na vigilância. Em Lisboa, gastou-se 49 681 euros para aumentar os recursos humanos, tal como em Terras de Bouro (Braga), onde o contrato foi de 8283 euros.
Quanto à comunicação – outro pilar de investimento das câmaras -, foram gastos milhares de euros em cartazes, panfletos, vídeos de informação à população sobre a doença e as medidas de restrição aplicadas.