Imobiliário Mulheres Inspiradoras

Avenida Propriedades, no Algarve, para clientes globais

Com um vasto e reconhecido currículo internacional, particularmente na área da Saúde Mental, Dília Gamboa fala-nos da sua empresa, a “Avenida Propriedades”, e também da visão que tem para o setor imobiliário. A empresária deixa ainda em aberto novos projetos na área do Imobiliário e da informática mas também, num futuro próximo, na pesquisa em Saúde mental.

Quem é a Dília Gamboa e o que nos pode revelar de seu percurso profissional e pessoal?

Dília Gamboa é empresária, gerente na sua empresa e, com apoio dos seus dois filhos, Martina Fernandes e Alexio Fernandes desenvolvem trabalho na área de Mediação Imobiliária, com a Patente “Avenida Propriedades” e o Centro de Cópias e Computadores com a Patente “CCComputadores.com”. Também, Comendadora da Ordem internacional sobre a Lei 49.579 de 7 de Maio de 1968, com o diploma expedido em 30 de Setembro de 2020, pela Ordem do Mérito Cívico Cultural, oficializado pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura do Brasil, protocolado junto à Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania, perpetuando publicamente os méritos ao serviço da comunidade Luso-Brasileira nas questões relacionadas à Soberania, à Lei, à Justiça, ao Civismo e à Cidadania dos Povos Irmãos. E como reconhecimento pela contribuição no desenvolvimento na área da Saúde Mental, é detentora de dois DHC – Diploma Honoris Causa: Neuropsicologia e Psicanálise Generalista.

Pelo que pude perceber da sua personalidade, sente-se bem a defender ideias e causas que considera justas. É assim?

A maneira de agir e de ser dita a caraterística quanto à estabilidade da minha personalidade. Se estou a defender causas que considero justas, sempre colocarei o que acredito em primeiro lugar.

A Avenida Propriedades festejou o seu 35º aniversário este ano. Estamos a falar de uma história já longa, sobretudo tendo em conta o competitivo setor do imobiliário em que está inserida. O mercado era seguramente muito diferente no final dos anos 80 do que é hoje. 35 anos não caberiam neste espaço mas, ainda assim, que momentos nos pode destacar da história da Avenida Propriedades?

Passados 35 anos, e se ainda continuamos no mercado competitivo e em franco progresso, quer dizer que a longevidade da minha empresa significa sucesso! Também quer dizer que a nossa maneira de agir está correta!

Reparei que quando alguém entra na sua agência a pedir-lhe informações, a Dília apresenta disponibilidade e as fornece com bom humor e simpatia. É compensador ter esta atitude?

É gratificante interagir, porque ao gerar amizades sinto que estou produzindo algo útil em prol de melhoramento para a humanidade. Porém, ao interagir pela vertente comercial, cada pessoa pode ser um potencial cliente oferecendo experiências compensadoras, que movimentam e entrelaçam as complexas engrenagens da empatia, proporcionando a concretização de negócios, onde neste segmento a confiança é o alicerce.

Na sua opinião, o que deveria mudar nas empresasimobiliárias em Portugal?

Esta é uma pergunta que para lhe responder seriam necessárias mais de quatro páginas da sua revista! Posso salientar uma: as Imobiliárias nunca deveriam trabalhar com os seus colaboradores à base de comissões, e sim, deveriam trabalhar na base de salários, como qualquer outra empresa. Como é bem sabido as pessoas vivem no dia a dia não dispondo de recursos monetários para fazer face às despesas correntes, necessitando de um valor fixo mensal. Não acho justo os colaboradores trabalharem sem um salário. Devido a esta condição, na minha empresa sempre optei pelo pagamento de salários, compatíveis ao desempenho de cada colaborador.

Acha que ao defender as relações laborais deste setor, as mesmas poderiam ser aplicadas noutras áreas comerciais?

Com certeza que podemos melhorar as relações em todas as áreas comercias, desde que haja vontade das partes envolvidas e, principalmente, se os governantes oferecerem recursos como regras e legislação, bem como iniciativa de melhoramento das condições laborais.

A sua empresa diversificou-se nos serviços que presta. Esta foi uma forma de garantir a estabilidade necessária num setor onde a faturação pode variar muito ao longo do ano?

O mercado Imobiliário é cíclico, sofrendo enormes variações a nível de preço, o que vai influenciar todos os outros sectores, já que este ramo é o motor de arranque para quase todos os outros sectores. A empresa a que presido não é exceção, e sim, senti necessidade de expandir para outros ramos para adquirir a estabilidade comercial da minha empresa. Sendo que somos detentores de 20 CAEs dentro de uma só empresa, confere-nos a possibilidade de adquirir outros ramos de negócio.

Qual a importância dos seus filhos dentro da organização da sua empresa familiar?

É fundamental o apoio familiar. É o pilar de tudo! As decisões, os planos para o desenvolvimento, a capacidade de ver mais além, oferece-nos sempre maior chance de sucesso, principalmente se podermos contar com o apoio incondicional daqueles que amamos. Sim, eles são o presente e representam o futuro do negócio.

O que procuram os seus clientes?

Como costumo dizer, os nossos clientes são globais! Procuram habitação própria, segundas habitações para férias e investimentos para rentabilizar. Como estamos numa zona mista, temos um pouco de tudo.

O que os clientes mais procuram e esperam de um(a) consultor(a) imobiliário?

Muitos clientes, não têm ideia do que desejam. Muitas vezes entram no nosso escritório, na nossa loja, com uma ideia, e depois saem com outra completamente diferente. Cabe-nos escutar, avaliar a necessidade do cliente e desvendar os seus reais desejos. Se conseguirmos interpretar a necessidade do cliente, de certeza que teremos uma transação comercial, dentro do nosso leque de negócios!

Com o arrendamento habitacional na ordem do dia, não posso deixar de perguntar: qual a sua opinião sobre as medidas apresentadas?

Muito me espanta que num País maioritariamente de Proprietários, sejam anunciadas esse tipo de medidas. Num País que vive essencialmente de proprietários e do Turismo, este tipo de medidas anunciadas não fazem qualquer sentido, até porque muitos dos proprietários são estrangeiros que procuram desta forma um meio de subsistência, fazendo com que tanto proprietários portugueses como estrangeiros procurem outros países para investimento.

Quais são os seus objetivos para o futuro a médio prazo para a empresa?

A empresa, sem qualquer dúvida é para continuar e progredir. Esse sempre foi o objetivo desde a sua constituição. Todo o esforço investido sempre foi nessa expectativa. Esperamos e com certeza teremos sucesso!

Ao falar consigo percebi que está sempre a pensar em coisas novas, que é um verdadeiro espírito empreendedor. Que outros projetos tem em mente neste momento? Há algum que possa partilhar connosco?

Realmente os projetos são muitos, alguns deles já em pleno desenvolvimento, quer na área da Imobiliária, dos computadores ou do centro de cópias e, num futuro próximo, o empreendedorismo entrará na área de pesquisa da Saúde mental.