Ação Social Mundo Empresarial

105 anos a apoiar nos momentos difíceis

Caixa Económica do Porto

A Caixa Económica do Porto (CEP) surge na transição das caixas económicas, antes do aparecimento dos bancos e, como instituição financeira, tem como finalidade receber depósitos e permitir empréstimos, neste caso sobre penhores. No entanto, a grande missão da CEP é continuar a ser uma instituição de solidariedade e de cariz mutualista, apoiando as pessoas nos momentos de maior dificuldade.

A forma mais simples de perceber o papel da Caixa Económica do Porto é entender que esta instituição permite o acesso ao crédito por pessoas mais desfavorecidas e que, em Portugal, o número destas instituições de crédito é extremamente reduzido. Em 2015, existiam apenas quatro, divididas em caixas económicas bancárias, com ativos superiores a 50 milhões de euros, e caixas económicas anexas, com ativos inferiores a esse valor, onde se insere a CEP.

Em 2016, a CEP aderiu ao novo regime jurídico das caixas económicas, alterou os seus estatutos, registando os seus órgãos de administração e fiscalização no Banco de Portugal. No entanto, desde logo foi identificada uma forte limitação ao seu crescimento, uma vez que as contas dos utilizadores da CEP apenas podiam ser movimentadas presencialmente. Ilda Helena Oliveira, presidente da CEP, explica à IN Corporate Magazine que “rapidamente tratámos de adquirir o software necessário para a Caixa Económica do Porto funcionar eletronicamente, tornando-a uma instituição atual, onde os nossos associados/utilizadores poderão consultar a sua conta, com toda a segurança, através de uma aplicação de smartphone. Uma app simples, cómoda e intuitiva até para pessoas com alguma idade”.

A presidente da CEP garante ainda que “vamos alargar o conjunto das nossas operações, mas para já trabalhamos apenas na captação de depósitos – somos o mealheiro seguro dos pequenos aforradores – e com o empréstimo sobre penhores. Avaliamos o bem a penhorar e emprestamos até 70 por cento. O tomador do crédito paga o que está estipulado até ao término do empréstimo e devolvemos o bem ao seu proprietário. Uma operação simples e imediata. E privada também. Sabemos que existe ainda algum tabu em relação a este tipo de empréstimos, no entanto, trata-se de uma atividade que, só no ano passado, cresceu 10 por cento e que é feita com toda a transparência e simplicidade”, conclui.