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“Chalet Suisso” classificado como imóvel de interesse municipal pela Câmara da Mealhada

A Câmara da Mealhada aprovou, em reunião de Executivo Municipal, a classificação do “Chalet Suisso” como imóvel de interesse municipal. O edifício, localizado na Pampilhosa, encontra-se na reta final de um processo de recuperação e vai ser transformado num espaço “museológico e interpretativo”. De acordo com António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, a obra deverá estar concluída até à primavera.

Situado perto da linha férrea, no século XIX, foi primeiro uma estalagem para os viajantes. Hoje, é um espaço dedicado à museologia e interpretação. “Este edifício, para além de ser belíssimo, conta a história de toda uma época da vila da Pampilhosa e, por isso, tem todos os argumentos para ser um espaço museológico com atratividade para visita a nossa região e o nosso concelho”, sublinha o autarca.

“Esperamos que a obra termine em maio, é esse o nosso objetivo”, remata.

O imóvel foi adquirido, em 2017, pela Câmara Municipal da Mealhada, por 349.500 euros, mas a gestão do projeto foi somente atribuída em dezembro de 2021, por cerca de dois milhões de euros.

Em comunicado, a Câmara Municipal da Mealhada destaca que “os argumentos para a classificação como Património de interesse Municipal prendem-se com o valor histórico, nomeadamente a ligação ao desenvolvimento ferroviário e turístico da Pampilhosa e presença da família real, o valor arquitetónico, a importância cultural e o impacto urbanístico e o seu impacto no reforço da identidade local”.

A intervenção no “novo” Chalet inclui o restauro da fachada principal e permite uma leitura mais integral da escala original do edifício. No que toca à adaptação funcional para fins culturais, com acessibilidades melhoradas, conta com a instalação de um elevador. Já as novas infraestruturas, vão compreender uma sala polivalente, apta a acolher vários eventos.

A empreitada escolheu salvaguardar a preservação de elementos históricos, como pinturas murais, estuques e carpintarias decorativas, “estando agora prestes a entrar, precisamente, na fase de conservação restauro de pinturas interiores com especialistas da área”, revela o comunicado.

A influência alpina do “Chalet Suisso” advém da origem do proprietário, Paul Bergamin, emigrante suíço que marcou a dinâmica hoteleira nacional, entre o último quartel do século XIX e o primeiro quartel do século XX.

Em 1886, mandou construir o palacete, aproveitando o potencial criado pela existência do caminho-de-ferro no entroncamento entre a linha do Norte e a linha da Beira Alta e a dinâmica fabril instalada com a sucursal da fábrica das “Devezas”.