Turismo

As melhores experiências da planície alentejana

O concelho de Reguengos de Monsaraz é rico em história, património, cultura e beleza natural, mas também em gastronomia e vinhos. Os turistas que visitam a região encontram aqui um roteiro com muitas e diversificadas atividades.

Monsaraz
A vila medieval possui um conjunto arquitetónico que integra vários monumentos, tais como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Lagoa, a Igreja da Misericórdia, o Museu do Fresco ou a Igreja de Santiago, sem contar com as várias exposições que ocupam espaços no interior das muralhas. Aqui encontra também percursos pedestres, com destaque para o Escritas de Pedra e Cal. Com 12 quilómetros de extensão passa pelas ladeiras históricas, Convento da Orada, Cromeleque do Xerez, aldeia de Outeiro, Ponte Romana, Menir do Outeiro, olival milenar da Pega, Menir da Belhoa e pelas aldeias de Barrada e Telheiro.

Praia Fluvial de Monsaraz
A praia fluvial de Monsaraz foi a primeira que surgiu no Lago Alqueva, em 2017, e que desde o primeiro ano tem a Bandeira Azul, a bandeira de Praia Acessível e a classificação de Praia Saudável por ter as devidas normas de segurança e de qualidade do ambiente. O areal tem 150 metros de extensão, torre de vigilância e posto para os nadadores-salvadores, posto médico com desfibrilhador automático externo, duches públicos, cadeiras anfíbias, rampas de acesso à água para utilizadores com dificuldades de mobilidade e estacionamento para 500 lugares. Os veraneantes podem ainda usufruir de um bar/restaurante, parque infantil, zona de merendas, ancoradouro e rampa para acesso dos barcos à água. Os operadores turísticos disponibilizam passeios de barco e desportos náuticos.

Vinho
A cultura da vinha é milenar no concelho de Reguengos de Monsaraz e atualmente é a maior das oito sub-regiões vitivinícolas do Alentejo. Com quatro mil hectares de vinhas, o concelho integra 11 produtores de vinho, nomeadamente CARMIM, Esporão, Casa de Sabicos, Ervideira, Monte dos Perdigões, Adega José de Sousa, Luis Duarte Vinhos, Adega do Calisto, Monte das Serras, Elite Vinhos e São Lourenço do Barrocal que, em conjunto, produzem anualmente mais de 25 milhões de litros de vinho. Os turistas poderão visitar os produtores e os seus enoturismos, onde terão diversas provas de vinhos e de azeites para saborear.

Comer bem, com direito a estrela Michelin
Passear e visitar a região pode abrir o apetite. O que não será problema em Reguengos de Monsaraz. Além da hospitalidade, a gastronomia é igualmente imagem de marca. Do ensopado de borrego às açordas de peixe do rio, várias são as opções para aconchegar o estômago. Basta consultar o Guia Michelin para comprovar que há estrelas na região…

São Pedro do Corval, o maior centro oleiro da Península Ibérica
O maior centro oleiro da Península Ibérica está localizado no concelho de Reguengos de Monsaraz. São Pedro do Corval conta com mais de duas dezenas de olarias em funcionamento. Desde os tempos pré-históricos que a região onde se localiza esta aldeia trabalha a arte da cerâmica.
O saber foi transmitido de geração em geração e, entre fornos e rodas de oleiro, descobrem-se peças únicas que nos transportam para os tempos antigos em que o barro se moldava às necessidades dos trabalhos dos campos e das vidas humildes no Alentejo.

Mantas alentejanas, dos ombros dos pastores até às tapeçarias
As mantas alentejanas são fabricadas em teares manuais por experientes tecedeiras que imprimem na lã as belas cores da região. Este pedaço de património é hoje um símbolo nobre de cultura e autenticidade reguenguense. Longe vão os tempos em que era usado pelos pastores em resposta ao frio gélido das noites de inverno, sendo agora motivo decorativo, com aplicação em cortinados, colchas ou tapeçarias.

Chocalhos, o Património da Humanidade que persiste no Alentejo
Não poderiam ficar esquecidos os chocalhos. Considerados Património Cultural Imaterial da Humanidade desde 2015, estes objetos serviam para ajudar os pastores a encontrar o gado, caso se afastassem do campo de visão. A pequena oficina do mestre Joaquim Valadas é uma das últimas que o nosso país tem em funcionamento, onde o metal é martelado e trabalhado até se tornar em peças de arte singular.

Da carpintaria a verdadeiras relíquias pintadas
O mobiliário pintado é outra arte característica da região. Numa mistura de talento e saber, as peças de carpintaria transformam-se em verdadeiras relíquias. Os mestres locais imprimem a técnica com recurso a cor, motivos florais e alguma paixão.

Dark Sky Alqueva
A Reserva Dark Sky Alqueva, que integra os municípios abrangidos pelo Lago Alqueva, foi a primeira do mundo a obter a Certificação Starlight Tourism Destination, atribuída pela Unesco e pela Organização Mundial do Turismo em 2012, atestando as caraterísticas únicas do céu noturno nesta zona do Alentejo. A sede está localizada numa antiga escola primária na aldeia de Cumeada, mas também pode passar pelo Observatório do Lago Alqueva, próximo de Monsaraz. Ambos os espaços organizam programas com observações do céu, palestras, seminários, provas de vinhos, entre muitas outras iniciativas.

Megalitismo
A ocupação humana desta região aconteceu há mais de seis mil anos, pelo que conseguimos encontrar vestígios de acampamentos e de todos os períodos cronológicos, da Pré-História até à atualidade. Com 815 sítios arqueológicos inventariados, o Cromeleque do Xerez é o mais visitado, destacando-se igualmente outros monumentos megalíticos como a Anta 1 e a Anta 2 do Olival da Pega, o Menir do Outeiro, o Menir da Belhoa e o Menir do Barrocal.

Há muito para ver e comida também não é problema. Motivos não faltam para visitar o concelho e viver as melhores experiências da planície alentejana.