Agosto é, por norma, sinónimo de descanso para a maioria dos portugueses. Em tempo de pandemia, a solução passa por fazer férias cá dentro. Por isso, a IN Corporate Magazine decidiu criar a rubrica sazonal: ‘Faça férias INternas’. Hoje damos destaque às ilhas.
Num ano em que um vírus trocou as voltas a muitas pessoas, incluindo os planos de férias, não se pode dizer, no entanto, que o mês de agosto está perdido. As companhias aéreas já retomaram as viagens e, se ainda tiver receio de sair do país, temos a solução perfeita: visite as nossas ilhas.
Na segunda parte desta rubrica ‘Faça férias INternas’, o destaque vai, como não podia deixar de ser, para a Madeira e os Açores.
Estas são as sugestões da IN Corporate Magazine:
MADEIRA
Comecemos pela gastronomia. Quem estiver de visita à ilha não pode deixar de provar pratos típicos madeirenses como espetada de carne, filete de espada com banana, bife de atum, sem esquecer o bolo do caco, doces (como o pudim de maracujá) e a imensa variedade de fruta, muita dela nada usual para um português do continente.
O restaurante Taberna Ruel, situado numa das ruas mais antigas do Funchal, é um verdadeiro manifesto aos sabores da Madeira: o tradicional bolo do caco, a espetada em pau de louro, o filete de espada com banana ou molho de maracujá e o atum em época. Toda a confeção é própria.
Para comer uma boa carne o Vista d’António estará sempre entre as sugestões. Antiga pizzaria – conceito que não resultou, hoje o restaurante distingue-se pela seleção de carnes que são cozinhadas na brasa e em fornos que ficam na sala.
Outrora famoso apenas pelas carnes na grelha, o Laranjinha Bistrô, no Caniço, tem, há cerca de um ano, uma nova cara. Com um conceito de bistrô, grill e bar assume-se como cuidadoso bastião da melhor tradição gastronómica, nacional e também internacional, e com vinhos a condizer.
Na marisqueira Tropicana, o aquário com marisco vivo garante a frescura servida e é semanalmente reposto com uma enorme variedade, desde camarão da costa, ostras, búzios, lagosta, sapateira, lavagante, entre outros produtos madeirenses como lapas, caramujos, cavacos, etc.
O mar também está à vista na Tasquinha do Pescador, a poucos passos da praia do Caniçal. É um restaurante para qualquer altura do dia – para uma boa refeição, para petiscar, ou simplesmente para beber uma poncha.
Nos restaurantes Kampo e do Akua, do chef Júlio Pereira, o mote é a partilha da comida num espaço onde se pretende que os clientes se sintam em casa.
E não nos podemos esquecer do melhor restaurante português, segundo o TripAdvisor: o restaurante Cris’s, no Funchal. Sem ligação ao Cristiano Ronaldo, no entanto é capaz de se encontrar com outro Cristiano, o gerente que tem Abreu no apelido.
Para beber, tem de provar o Rum da Madeira ou o tinto ‘Boneca de Canudo’.
Ofertas na hotelaria também são várias e de qualidade. Sugerimos o Sé Boutique Hotel, perto da Sé do Funchal, que vem romper com o paradigma dos grandes resorts da ilha da Madeira com um serviço em que a simpatia da equipa é a figura principal.
AÇORES
De forma a falarmos com conhecimento de causa, iremos focar-nos na ilha Terceira, onde estivemos no início deste ano, mas o leitor já sabe que todos os pontos do arquipélago merecem uma visita.
Assim sendo, arrancamos igualmente pela gastronomia. Ir à Terceira e não comer a alcatra de peixe ou de carne é uma falha grave.
Das mãos de José Leal Soares, cozinheiro e dono do restaurante Boca Negra, sai a melhor alcatra de peixe da região, feita com o peixe boca negra. A ementa é composta por outros pratos regionais, como polvo guisado, filetes de abrótea, espadarte, lapas grelhadas e cracas. Pelo meio tente ‘sobreviver’ às provocações de José, cuja reputação de desbocado é sobejamente conhecida pela ilha.
Restaurante Boca Negra. Foto: IN Corporate Magazine José Leal Soares, proprietário e cozinheiro no restaurante Boca Negra. Foto: IN Corporate Magazine
O restaurante O Pescador, na Praia da Vitória, foi inovador no arquipélago nos pratos de peixe e marisco que tem servido desde o início, há já três décadas. Os residentes nas ilhas vizinhas acorriam ali para comer açorda de marisco, as cataplanas (diferentes das do continente, porque levam natas), peixe fresco, arroz de marisco ou bifes com vários molhos (tudo carne açoriana).
Bem mais recente, mas igualmente bom, é o Baía W. Fica em São Mateus da Calheta, freguesia piscatória da Terceira, e pretende dar aos locais e turistas aquilo que eles mais pedem: peixe e marisco de qualidade e o mais fresco possível, incluindo pesca e passeio de barco no Atlântico.
Se a sua ideia de restauração passa por outro conceito, não se preocupe. Se prefere os ‘pubs’ e é apreciador de cerveja, vá à Tasca Ramo Grande, nas Lajes. Ciente da lacuna que existia no arquipélago (mais ‘dado’ ao vinho), o guia turístico Miguel Linhares decidiu criar um restaurante e bar. Além de ter mais de 100 variedades de cervejas, serve pratos de carne maturada e peixe fumado, que não é usual ver na restauração dos Açores.
Para adoçar a boca, é obrigatório ir à pastelaria ‘O Forno’. A proprietária e gerente Ana Maria Costa tem a receita original dos Bolos D. Amélia. O doce, com formato de queijada, é um bolo exótico e com especiarias. Criado por um grupo de senhoras de Angra do Heroísmo para surpreender a rainha D. Amélia naquela que foi a primeira visita régia aos Açores, continua a deliciar os locais e os turistas.
Para dormir, recomendamos o Praia Marina Hotel, em frente à Praia da Vitória, no extremo oposto a Angra. É um aparthotel de quatro estrelas que é a melhor solução para todas as famílias e que foi criado por outra família. Ali, espaço e modernidade andam de mãos dadas com ambiente intimista e tradicional.
O melhor? Fica a cinco minutos do aeroporto das Lajes, portanto pode aproveitar a visita à ilha Terceira até ao último instante.